Mistério

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Estávamos ali, eu e ele, ele e eu. Dois irmãos. Dois monstros. Duas criaturas da noite, unidos pelo sangue e pelo sagrado matrimônio. Estávamos prestes a nos tornar dois amantes. Fundir nossos corpos e então nos tornar um.

Kaname me beijava carinhosamente e eu corava a cada toque, ainda não me acostumara com a idéia. Resolvi limpar minha mente e me deixar levar, mas antes disso, não pude deixar de pensar em Zero e na noite que tivemos. Foi tudo tão lindo, tão bom. Me repreendi por pensar em Zero depois de ter me casado com Kaname e esvaziei minha mente imediatamente, deixando apenas os olhos penetrantes de Kaname em mim. Ele me olhava com desejo, seu lábio estava levemente contraído num sorriso tímido e suas mãos percorriam meu corpo todo. Fechei meus olhos para me concentrar mais em seus toques e eu me arrepiava a cada um, deixando escapar alguns gemidos e suspiros.

Senti meu cabelo ser levemente puxado para trás, o que fez com que minha cabeça o acompanhasse, expondo meu pescoço, que logo foi explorado pela língua de Kaname. Eu arfava. Então ele tirou minha camisola delicadamente e começou a massagear meus seios, enquanto beijava meus ombros, devagar. Sua mão foi descendo pela minha barriga, até encontrar minha intimidade, ainda por cima da calcinha. Ele começou a beijar meus seios e lambê-los, até abocanhá-los e chupá-los, enquanto fazia movimentos circulares com os dedos sobre minha calcinha já molhada. Eu não sabia o que fazer. Estava totalmente paralisada e corada.

– Solte-se, Yuuki... – ele falou no meu ouvido. Não consegui dizer nada, apenas soltei minhas mãos que agarravam os lençóis sob mim e segurei seus fios de cabelo, levemente despenteados. Enquanto nos beijávamos, eu arranhava suas costas. Certamente deixei algumas marcas que não sairiam de imediato se ele fosse um humano.

Antes que eu pudesse perceber, ele já tirava minha calcinha e massageava minha intimidade, até penetrar-me com os dedos. Eu gemi baixinho, mas ele percebeu, dando um meio sorriso e mordendo de leve a minha orelha. Ele tirou os dedos de dentro de mim, levando a boca e chupando em seguida. Morri de vergonha e desviei o olhar, mas meu rosto foi tomado e direcionado a ele novamente, que encostou a testa na minha, sussurrando um "eu te amo", antes de penetrar-me de uma vez com meu membro pulsante. Soltei um gemido alto, fechando os olhos. Doeu um pouco, eu não esperava por aquela. Eu nem sequer vi quando ele tirou a cueca. Pude sentir o sexo de Kaname dentro de mim, tomava bastante espaço, era realmente grande, com certeza. Quando ele viu que sumiu minha cara de susto, começou a fazer movimentos lentos e ritmados de vai e vem. Minhas mãos já agarravam novamente os lençóis e eu tentava suspender os gemidos, envergonhada. Então ele aumentou a velocidade e a força de suas investidas, conseguindo arrancar de mim alguns sons incoerentes. As estocadas eram cada vez mais fortes e estávamos ambos ofegantes. Senti meu corpo estremecer. Kaname suava e seu cabelo estava úmido, mas seus olhos não desviavam dos meus. Seus olhos eram hipnotizantes. O ritmo das estocadas foram diminuindo, até que Kaname saiu de dentro de mim, com a respiração irregular, ele levou a língua ao meu umbigo e subiu até meus seios, beijou meus ombros, meu pescoço e minha boca.

– Quero trocar de posição. – ele disse sensualmente no meu ouvido e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me virou, me deixando de joelhos na cama macia. Ele beijou minhas costas, tirando os fios de cabelo que caíam sobre elas, mordiscou de leve a minha orelha e voltou a beijar as costas. Então, ele me penetrou novamente, desta vez com mais suavidade. Suas investidas eram lentas e ritmadas, mas logo ficaram rápidas e bem fortes. Eu gritava e gemia. Kaname parecia satisfeito e eu pude ouvi-lo gemendo também. Estávamos ofegantes. Pude sentir meus membros vacilando. Eu suava bastante. Até que não agüentamos mais e gozamos juntos. Foi uma sensação de puro êxtase. Essa era a segunda vez que eu havia transado na minha vida, mas realmente foi muito bom. Eu não parava de pensar nas minhas duas vezes e de tentar decidir qual fora a melhor, mas era impossível saber. Caímos exaustos na cama. Kaname me abraçou, ainda com a respiração irregular e beijou meu pescoço e eu sorri. Logo adormecemos.

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