Capítulo L - Histórias em um restaurante.

9 0 0
                                    

Após o encontro com Sharon na prisão, Josefina leva Luna e Âmbar a um restaurante que ela gosta muito e que serve uma deliciosa macarronada, a cantina do Mario. Sempre que vai à capital argentina, Josefina come nesse restaurante, no qual ela já foi várias vezes com o finado Augusto e os filhos. E, antes mesmo do trio chegar ao restaurante, Josefina conta às sobrinhas algumas histórias de vezes anteriores em que ai esteve. Entre elas, uma história de quando ela e Augusto vieram junto de Bernie e Lili. Isso foi três meses após Bernie e Lili voltarem de Paris. À época, tanto Josefina quanto Lili grávidas estavam. A primeira de sua filha Valentina, e a segunda de Sol e Luna. Josefina conta que na ocasião a comida estava deliciosa e que Bernie comeu uma pratada de macarronada recheada com muito queijo ralado e almôndegas. "Vocês deviam ver, a pratada que o Bernie comeu naquele dia! E ainda completou com mais uma taça de vinho tinto, e depois começou a contar umas piadas bem engraçadas...", diz Josefina.

Dentro do restaurante, quando Luna foi ao banheiro, ela foi interpelada no meio do caminho por um homem chamado Raúl Gomez Bilardo. "Privet, Sol', moja dorogaja studentka! Skol'ko vremeni! Kak delo?/Привет, Соль, моя дорогая студентка! Сколько времени! как дело? (Olá Sol, minha querida aluna! Há quanto tempo! Como está?)". Luna não entende uma única palavra do que ele disse. "A Sol, não me diga que se você se esqueceu de tudo o que aprendeu comigo? Logo você, que era uma das minhas melhores alunas!", pergunta o senhor Bilardo. "Senhor, acho que você está se confundindo. Eu não sou a Sol. Sou a irmã gêmea dela, e meu nome é Luna", a patinadora responde. E então Luna o coloca a par de toda a situação. "Mas que incrível, Luna. E você é igualzinha à Sol. Tem o mesmo rosto, o mesmo cabelo, o mesmo olhar, não à toa que eu te confundi com ela. Mas de qualquer jeito é uma honra muito grande poder conhecê-la", diz o senhor Bilardo, que revela tratar-se do professor de russo de Sol.

O senhor Bilardo sabe falar com fluência e leciona vários idiomas, entre eles o russo, o alemão e o inglês. Morou alguns anos em países como a Rússia (antes do fim da União Soviética, onde estudou em Moscou no Instituto Puškin), a Alemanha, os Estados Unidos, a Itália e a França. Também é um cliente fiel da cantina do Mário e adora a macarronada da cantina, e é amigo do dono da cantina, o senhor Mário Vidal Bianchi. De antemão, já era de conhecimento da parte do senhor Bilardo que Sol foi abandonada pelos pais poucos dias antes de nascer. Por meio de Luna, ele soube de maiores detalhes envolvendo a história dela, incluindo o fato de que ela e a irmã só se conheceram recentemente.

Luna pergunta ao Senhor Bilardo sobre a irmã. E este responde à filha dos Valente que Sol é uma das melhores alunas que ele já teve em toda a vida. Uma aluna muito aplicada, da qual ele se orgulha muito e que aprendeu o idioma russo como poucos. Segundo as palavras do senhor Bilardo, se quisesse ela poderia muito bem dar aulas do idioma de Gogol, Puškin e Dostoevskij.

Conversa vai, conversa vem, e Luna notou que dentro da cantina há algumas camisas do Boca Juniors e outras insígnias do time portenho, além de quadros e fotos de times que em anos anteriores foram campeões de torneios como o Campeonato Argentino, a Taça Libertadores da América e a Copa Toyota. Também nota algumas fotos dele com famosos jogadores argentinos (entre eles Maradona e Mario Kempes) e até com amigos de longa data do La Bombonera. E nessas fotos nota uma na qual o senhor Bianchi está ao lado dos pais dela. O que obviamente a deixa muito surpresa e um tanto intrigada.

Ela pergunta ao senhor Bilardo se por um acaso sabe por que tem tantos símbolos ligados ao Boca Juniors nesse estabelecimento. O senhor Bilardo conta que o dono do restaurante é um torcedor fanático do Boca Juniors. "E de ir ao La Bombonera de tempos em tempos ver o Boca jogar", responde Bilardo, que por sua vez torce para o San Lorenzo. Então Luna é apresentada ao senhor Bianchi. Após se apresentar ao dono do restaurante, ela lhe pergunta sobre os pais dela, Lili e Bernie Benson. "Sim, os conheci, há muito tempo. Por que me pergunta deles?", pergunta o senhor Bianchi. "É que eu sou a filha deles", responde Luna.

O Senhor Bianchi conta que Lili e Bernie eram amigos dele e da esposa dele, Mariana, do La Bombonera. Segundo Bianchi, praticamente toda vez em que eles iam ao La Bombonera eles se encontravam. E se lembra de ter visto Luna duas vezes no La Bombonera, quando ainda era uma criancinha linda. "Eu lembro de você, Luna, de quando você era pequeninha. Você era uma gracinha. Lembro-me das travessuras que você e a minha filha Julia fizeram uma vez", responde o senhor Bianchi, que sabe que o casal Benson já não está mais nesse mundo desde a época do incêndio. "Lembro-me que eu e a Mariana ficamos muito chocados quando soube do ocorrido", diz o senhor Bianchi.

Conversa vai, conversa vem, até que Âmbar vai lá procura-la. "Luna, por que demorou tanto para ir ao banheiro? A comida acabou de chegar! Vamos lá comer!", diz a loira oxigenada. Luna então apresenta os senhores Bilardo e Bianchi à Âmbar e à tia Josefina e conta que o primeiro é o professor de russo da Sol e o segundo um amigo de longa data de Bernie e Lili. "É um prazer conhecê-los, senhor Bilardo e senhor Bianchi", diz Âmbar.

Após uma farta refeição de macarronada, as três passam por uma confeitaria que serve um merengue delicioso do qual Luna e Âmbar adoraram e ao fim vão à mansão Benson. E essa é a vez de a senhora Rodríguez de Urquiza visitar a mansão Benson depois de muitos anos. No espaço externo da mansão, eles são recepcionados por Rey e Maggie. "Olá, Rey, prazer em vê-lo em pessoa", diz Josefina, que já conversou com ele antes uma vez, por telefone. "O prazer é todo meu, senhora Rodríguez de Urquiza", responde Rey. Após uma breve apresentação a Rey e Maggie, Josefina entra na mansão junto de Luna e Âmbar.

Na parte exterior da mansão, a senhora Josefina é recebida por Mist. Mist de início late para ela, como todo bom cão da raça Lhasa Apso, mas depois se acalma ao receber um cafuné da prima de Sharon e Lili. Luna então apresenta a cadela dela à tia. "Tia Josefina, essa é a Mist, a minha cadela. Ela é uma Lhasa Apso", diz Luna. Josefina conta à sobrinha que tem uma cadela dessa mesma raça em casa, só que branca e preta, e que ela se chama Brunhild e tem sete anos de idade. Josefina obviamente a batizou em homenagem à valquíria homônima, já que gosta muito das histórias das sagas nórdicas (tais como a Canção dos Nibelungos e a ópera de Wagner) nas quais ela aparece e de toda a história de amor dela com o herói Siegfried.

Dentro da mansão, Luna e Âmbar apresentam a senhora Josefina ao casal Valente. Mas não sem antes Miguel e Mônica avisarem a dupla que os diários prometidos por Cato e Amanda chegaram. "Eles estão no teu quarto, Luna. Depois vai lá dar uma lida", diz Miguel. "Sim, papai", responde Luna.

"É um prazer conhecê-la, senhora Josefina", diz Mônica. "Ora, dona Mônica, o prazer é todo meu", Josefina responde. Miguel e Mônica tiveram ótima impressão de Josefina, e vice-versa. Josefina conta aos pais adotivos de Luna que ela é prima de Lili e Sharon e mora em Córdoba, e conta aos Valente algumas histórias do tempo em que Lili e Bernie vivos ainda eram. Tudo ia bem, até que de repente o velho Alfredo apareceu na sala da mansão. E não gostou nem um pouco de encontrar a prima Josefina. 

A irmã perdida (Sou Luna temporada 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora