Capítulo XVIII - Encontro na Praça de Maio (parte I)

36 4 0
                                    

Na Mansão Benson, chega uma carta no correio. Rey vai lá checar a correspondência e ao ver que era uma carta ao senhor Alfredo a entrega ao pai de Lili e Sharon. "Alfredo, carta para o senhor. Leia", diz Rey. A carta é entregue ao senhor Alfredo, que está muito curioso em saber quem enviou tal correspondência a ele. E ao ler a carta, ele descobre que se trata de uma velha conhecida dela, que não é vista por ele há muito tempo: Rosa das Marés! Sim, a mesma Rosa das Marés que é uma velha conhecida e amor de longa data do senhor Alfredo. Até hoje, Alfredo nunca se esqueceu dela.

Na carta, Rosa diz que sente muitas saudades de Alfredo, das conversas que tinha com ele há muito tempo e convida-o para um encontro na Praça de Maio. A Praça de Maio é a principal praça do centro da capital argentina e desde os tempos coloniais tem sido o centro da vida política de Buenos Aires. Lá está o Cabildo de Buenos Aires, edifício histórico portenho que era a sede da administração nos tempos coloniais, e a Casa Rosada, outrora sede do governo colonial e hoje o Palácio Presidencial da República Argentina. A praça também é notória por ser o local no qual as Mães da Praça de Maio se reúnem desde os anos 1970 com fotos de seus filhos desaparecidos no período da ditadura civil-militar argentina (1976 – 1983) e que foi cenário dos conflitos ocorridos em dezembro de 2001 que levaram à renúncia do então presidente Fernando de la Rua, no episódio que entrou para a história como o Argentinazo.

Ao saber que se trata de uma carta da velha Rosa das Marés, Alfredo literalmente perde a cabeça. Ele se arruma todo, coloca um terno cinza com gravata borboleta e chapéu, compra uma caixa de bombons em forma de coração em uma loja de doces especializada e um buquê de flores em uma floricultura, tudo para a querida Rosinha dele. "É hoje o dia!", diz Alfredo, depois de se arrumar todo. Alfredo pega um táxi e vai ao local indicado. Ele está ansioso para o encontro.

Cerca de 10 minutos após a partida de Alfredo, Miguel e Rey estão conversando na cozinha da mansão. Rey pergunta a Miguel onde está Mônica. Miguel responde estava cuidando dela até agora a pouco, que ela está no quarto descansando e que está sob o cuidado de Maggie e Mist. Maggie propôs-se a cuidar de Mônica depois que Miguel ficou cuidando dela por muito tempo, para que o pai adotivo de Luna fosse comer um pouco na cozinha. "E a propósito, já decidiu o nome das crianças?", pergunta Rey. "Sim. Elas se chamarão Marisol e Safira", responde Miguel. "Gostei da escolha que você fez, Miguel. Belos nomes", responde Rey. E em seguida os dois começam a conversar a respeito de Mist, já que ela está no quarto junto com Mônica e Maggie.

"Rey, sabe que a Luna trazer a Mist para cá foi uma das melhores que poderiam ter ocorrido aqui. Ela é uma companheira e tanto", diz Miguel. Rey concorda com Miguel. "Não é a toa que dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem", diz Rey. Miguel pergunta a Rey onde que o senhor Alfredo está. Rey coloca Miguel a par da situação. "Quer dizer que o Alfredo recebeu uma carta da Rosa das Marés depois de muito tempo, se arrumou todo e foi correndo encontra-la. Ele não toma jeito mesmo quando o assunto é a Rosa das Marés", diz Miguel.

Rey mostra a carta a Miguel, e este, ao lê-la, sente certa estranheza. Sente que a letra lhe é familiar e após pensar um pouco chega a conclusão de que a letra da carta na verdade é de uma velha conhecida deles. "Rey, eu estou estranhando essa carta. Eu me lembro de já ter lido essa letra em algum lugar antes", diz Miguel. Rey dá uma olhada na carta, e ambos chegam à conclusão de que a carta só pode ter sido escrita por ninguém menos que... "Vamos lá Rey, o senhor Alfredo está indo para uma cilada!", diz Miguel. Os dois pegam um táxi e vão até o local aonde Alfredo foi.

Alfredo chega ao local combinado na carta, vestido a caráter, no horário combinado na carta e com pontualidade britânica. Mas, quando o velho Alfredo chega ao local indicado na carta, ele tem uma surpresa. Ele não encontra a velha Rosa das Marés, e sim sua filha, Sharon!

Ao ver sua filha depois de tanto tempo, Alfredo fica estarrecido e não acredita que está diante da filha dele. "Mas que golpe baixo, Sharon! Querendo me atingir se passando pela Rosa das Marés! Nunca vi criatura tão desprezível quanto você, seu monstro!", diz um enfurecido Alfredo. "Hahaha, quem você pensa que é para me chamar de monstro, papai? Pois saiba de uma coisa: se eu sou um monstro, eu sou o monstro que você mesmo ajudou a criar! Você não tem nenhuma moral para me julgar assim!", responde Sharon. "Mas eu não vim aqui para falar aqui sobre isso contigo, papai", completa a madrinha de Âmbar. "E o que você quer comigo, Sharon?", pergunta o velho Alfredo. "Pelo que a Âmbar me contou, você vive negando que a garota do circo, que é a irmã gêmea da Luna, é tua neta", diz Sharon. "Mas ela não é minha neta", responde Alfredo. "Papai, quando que você vai assumir que ela é tua neta?! Será que você não tem alguma coisa haver com o abandono e quase morte dela no mato?", pergunta Sharon de modo provocativo.

Longe dali, Jazmin e Delfina entram em contato com a velha amiga Âmbar. Há tempos que Delfina e Jazmin não falam mais com Âmbar, desde que elas se desentenderam e deixaram de ser o trio parada dura que outrora eram. Cada uma seguiu por um caminho diferente e assim deixaram de se falar por um bom tempo. Ao saber que recebeu ligação de Jazmin, Âmbar se sente aborrecida. "Mas que diabos será que aquela desmiolada da Jazmin quer?", a loira se pergunta. Mas mesmo assim, ela ainda assim atende a chamada.

"Olá Jazmin, a quanto tempo, minha velha amiga?", pergunta Âmbar. Jazmin logo coloca a loira a par da situação. "Então a irmã da Luna quer se encontrar com a minha madrinha, para esclarecer as dúvidas que ela tem em relação ao passado dela. Sim, farei esse favor a vocês duas e a ela em especial", diz Âmbar.

A irmã perdida (Sou Luna temporada 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora