- O que tanto me olha? - Sarah perguntou a mim. Meus olhos estavam presos em seu rosto, sua mão estava em minha cintura.
Levei uma de minhas mãos até sua face. Passei o dedo indicador em seu nariz, a fazendo rir.
- Você é linda. - Sussurrei a loira. Ouvi uma risada vir de Sarah.
- Para! - Ela falou rindo - Linda é você. Eu sou uma jovem senhora. - Suas mãos faziam um carinho leve em minha cintura.
- Quantos anos você tem? - Perguntei, olhando diretamente para ela. Sarah levantou uma sobrancelha. Ri de sua reação.
- Assim, na lata? - Ela respondeu, rindo - Tenho trinta e nove. - Sarah disse, em um sussurro - E você? - Sua voz me questionou.
- Vinte e cinco. - Sarah arregalou os olhos, assim que ouviu minha resposta. Suas mãos saíram de minha cintura. A loira rapidamente deu um passo pra trás.
- Nossa, você é.. nova... muito nova. - Observei Sarah me dizer, passando as mãos em seus cabelos.
Puxei seus braços, fazendo ela vir em minha direção novamente. Coloquei suas mãos em minha cintura, voltando a posição que estávamos.
- Você acha, é? - Sussurei a ela. Levei meus lábios até o canto da sua boca, deixando um beijo suave.
Fomos interrompidas por um barulho vindo da varinha de pescar.
Virei minha cabeça pra trás, pra ver o que estava acontecendo.
A varinha se mexia, passando uma impressão que a qualquer momento iria cair do suporte.
- Acho que pegamos algo. - Disse a Sarah. Rapidamente sai de seus braços e peguei a vara - O que eu faço? - Perguntei a ela, que se aproximava de mim, ficando ao meu lado.
- Gira a manivela para frente. - Ela falou calmamente.
Obedeci, comecei a girar a manivela.
Ficava cada vez mais pesado e difícil de girar aquilo. Não desisti, continuei girando até aparecer um peixe grande na linha. Um peixe feio pra caramba.
- Meu Deus, que coisa feia. - Falei pra Sarah que estava ao meu lado - Pega isso, não queria pegar nele. - Entreguei a varinha a ela, mudando nossas posições.
- É uma traíra. - Ouvi Sarah dizer. Ela tirou o peixe da isca, o pegando nas mãos.
- Pai, pegamos um peixe! - Gritei a meu pai, que estava do outro lado da lancha.
O homem veio em passos largos, quase correndo, com um sorriso no rosto.
- Pelo menos alguém conseguiu pegar algo! - Meu pai dizia.
Sarah entregou o peixe a ele.
Papai se afastou, indo em direção a escadinha no meio da lancha, que levava até a mini cozinha que tinha ali.
- Vou lá, lavar as mãos. - Sarah disse a mim e saiu, seguindo meu pai.
Fiquei olhando para o rio, passando na bagunça que estava me metendo. Queria ficar perto de Sarah, queria beijá-la.
Sentia coisas que nunca senti por outra pessoa. Meu corpo arrepiava só de pensar nela perto de mim. Gostava da sensação de suas mãos em minha cintura, seus lábios em meu pescoço...
Parecia que minhas pernas iam falhar quando ela sussurrava algo em meu ouvido.
- No que está pensando? - Sarah falou, assim que voltou pro meu lado.
- Em entrar nesse rio. - Falei, olhando pra ela - A água deve estar uma delicia. - Desviei meus olhos pra água.
- Juliette, acho melhor não. - Ela falava seria, olhando pra mim - O rio é fundo, você não tem nem tamanho de gente pra dar pé. - Sarah falou, rindo. Dei um tapinha em seu braço - Aí agressiva! - Ri de sua fala.
- Vamo comigo? - Olhei para ela, juntei minhas mãos como se estivesse implorando.
- Nem pensar. - Ela respondeu, negando com a cabeça - Não trouxe toalha pra cá, ficou no carro. - Sarah tentava inventar uma desculpa para não entrar na água.
- Eu trouxe, você se enxuga comigo. - Pisquei pra ela.
- Tabom. - Sarah respondeu, bufando - Mas só um pouquinho. - A morena completou. Dei um sorriso pra ela.
- Vou avisar meu pai que vamos dar um mergulho, ja volto. - Falei, saindo, indo em direção a cabine.
Avisei meu pai. Ele apenas falou pra tomarmos cuidado.
Ele, João e Tiago estavam sentados bebendo e conversando. João já estava mais pra lá do que pra cá.
Sai da cabine e fui em direção à Sarah. A mulher estava sentada no banco lateral da lancha, apenas com um biquíni preto. Senti minhas pernas bambearem apenas de a ver de biquíni.
- Ê, peixão bonito. - Falei me aproximando a ela. Sarah levantou do banco, veio até mim e deu um tapinha leve em meu braço - Aí, agressiva! - Repeti a frase que ela havia dito.
- Vamos logo, antes que eu me arrependa. - Sarah saiu na frente, descendo as escadinhas na parte de trás da lancha. Logo mergulhou na água.
- E aí? É fundo? - Perguntei ainda ma escada, segurando o apoio da mesma, quando ela subiu pra superfície depois de mergulhar.
- Um pouco. - Ela disse, nadando pra perto de mim - Vem cá. - Vi sua mão estendida, segurei nela e fui em direção à água. Mergulhei e sim, o rio era fundo pra caramba.
Sarah percebeu que não estava conseguindo dar pé, em um movimento repentino suas mãos seguraram minha cintura, me dando apoio.
- Te falei que você não tem tamanho de gente pra nadar nesse rio. - Ela dizia, enquanto eu segurava firmemente nos braços dela.
- Cala a boca. - Respindi, num sussurro. Sarah olhava para meu rosto, vi que seus olhos observavam atentamente meu cabelo molhado - O que foi? - Perguntei a ela.
- Seus cabelos, eles ficam mais escuros quando estão molhados. - Ela tirou uma mão de minha cintura e levou até meu cabelo.
- Eles não são a única coisa que estão molhado agora, se é que me entende. - Respondi a ela e em um impulso, passei minhas pernas em volta da sua cintura.
Sarah desceu as mãos até minha bunda, me segurando. Aproximei meu rosto do seu. Passei a ponta do meu nariz em sua bochecha.
- Eu quero te beijar. - Levei minha mão até seu ouvido e disse em um sussurro.
- Juliette... seu pai está ali na lancha. - Sarah dizia de olhos fechados, enquanto eu distribuía beijos por seu pescoço.
- Ele não vai ver. Nós estamos atrás da lancha. - Respondi a ela.
Levei uma mão até seu rosto, me aproximei e juntei nossos lábios.
Sarah me beijava lentamente. Sua língua pediu passagem e eu cedi.
Beijar Sarah era um misto de emoções.
Sua língua macia, parecia dançar sob a minha, explorando cada canto da minha boca. Suas mãos apertavam lentamente a minha cintura.
Em um momento o ar nos faltou. Sarah desceu a boca para meu pescoço, deixando beijos molhados. Logo voltou sua boca para a minha, deixando um selinho em meus lábios.
- Caramba.. - Olhei para Sarah, que me olhava - Simplesmente o beijo mais gostoso da minha vida. - Falei a ela, com um sorriso safado no rosto. Observei a loira jogar a cabeça pra trás, soltando uma gargalhada.
- Boba. - Sarah respondeu, deixando um beijo em meu pescoço.
- Juliette? - Ouvi a voz do meu pai. Em um susto, olhei pra trás e vi que ele nos observava. Me soltei rapidamente de Sarah, que estava pálida como um papel.
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A ju: "Me ferrei amigos e amigas, Estevão Ferreira."
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A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]
Fanfiction[ADAPTAÇÃO] - Juliette Freire é uma jovem que sempre teve tudo que queria. Mimada pelos seus pais, ao auge dos seus 25 anos cursava direito em uma das universidades mais caras e populares de Brasília. Em dezembro, sua família decide ir pro interior...