Acordei literalmente com o canto do galo. Por esse e outros motivos que eu não gostava de vir para a fazenda. É muito bicho fazendo barulho.
Rolei na cama, procurando meu celular. Cocei lentamente os olhos, na tentativa de tirar todo resquício de sono.
Peguei o aparelho e viu o horário.
cinco e meia da manhã.- Ah não. Puta merda, ser acordada cinco e meia da manhã. - Falei comigo mesma, revirando os olhos.
Fiquei deitada por um tempo, tentando dormir. Tentativa falha. Não consegui pegar no sono de jeito nenhum.
Sem mais alternativas levantei da cama e fui tomar um banho.
Fiquei cerca de 30 minutos no banho. A água estava morna e fazia calor naquela manhã.
Sorte que Antônia colocou roupa de academia nessa mala, hoje o dia estava propício pra uma corridinha na estrada.
Saí de meu banheiro e fui até meu quarto.
Caminhei até o guarda-roupa, o abri e peguei um conjunto preto da Adidas, um top e uma calça.
Logo depois de colocar a peça de roupa, peguei a toalha que estava sob a cama, estendi sob o box do banheiro.
Em sequência, coloquei meu tênis e logo desci para a cozinha.
- Filha? Já acordou? - Observei meu pai sentado no banco, perto do balcão, com um copo de leite na mão.
- Bom dia pro senhor também. - Me aproximei, deixando um beijo em sua testa. - Acordei né? O galo não me deixou dormir. - Sai de seu abraço e sentei em um banco, ao seu lado. Meu pai riu. - E o senhor? Oque faz acordado tão cedo? - Perguntei a ele, enquanto olhava o relógio que estava na parede. Marcava 06h20m de manhã.
- Acordei pra tirar leite das vacas. - Meu pai me mostrou a xícara cheia de leite, que estava em sua mão - Quer um pouco? - O ouvi perguntar, aproximou a xícara de mim.
- Não quero pai, obrigada! - Dei um sorriso de lado a ele - Vou sair, dar uma corrida aqui pela estrada. - Levantei-me do banco e fui em direção a porta principal.
- Juliette, você não acha que está muito cedo, minha filha? - Meu pai era do tipo protetor. Eu gostava da proteção dele, mas as vezes ele exagerava.
- Não acho! Eu sempre pra correr quando venho pra cá. - Respondi a ele - Fica tranquilo pai, eu sei me cuidar! - Falei colocando a mão na maçaneta da porta - Aliás, precisamos conversar sobre quando irei tirar minha habilitação. - Olhei meu pai, que agora lia um jornal.
- Outra hora conversamos. - Ele respondeu, sem me olhar. Toda vez era a mesma coisa.
Fui até a porta da sala, abri e saí da casa.
Peguei o longo caminho até a porteira de madeira, o mesmo caminho que fiz ontem com a minha mãe.
Abri o portão grande e passei para o outro lado, o lado da estrada, logo depois eu fechei.
Estava sem celular, sem música, sem nada. Apenas o barulho dos pássaros cantando.
Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e comecei minha corrida lentamente. Fazia tempo que não me exercitava.
Segui para o lado esquerdo, comecei a correr um pouco mais rápido, sentindo o vento soprar em meu rosto.
Iria até a fazenda de Tiago Leifert, amigo de meu pai.
Segui correndo, passei pela fazenda da nova vizinha, o portão estava fechado e sua caminhonete branca não estava lá.
Continuei meu caminho. Conforme andava, diminuía meus passos, não estava correndo nem dez minutos e já estava cansada. Porém segui firme com a ideia de ir até a fazenda de Tiago. Não desisto tão fácil das coisas.
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A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]
Fanfiction[ADAPTAÇÃO] - Juliette Freire é uma jovem que sempre teve tudo que queria. Mimada pelos seus pais, ao auge dos seus 25 anos cursava direito em uma das universidades mais caras e populares de Brasília. Em dezembro, sua família decide ir pro interior...