Observei Sarah colocar a vasilha de vidro sob a mesa. Em questão de segundos, ela varreu os olhos pelo local, como se estivesse procurando algo.
Fiquei a olhando, até que seus olhos encontraram os meus. Dei um sorriso a ela, que rapidamente retribuiu o sorriso.
Ficamos nos olhando por alguns segundos, até Sarah desviar o olhar. A loira seguiu em direção a minha mãe e suas colegas.
Levei a garrafa de cerveja até minha boca, virando todo o líquido amargo de uma vez.
O líquido passou rapidamente por minha garganta, formando uma careta em meu rosto.
Deixei a garrafa de long neck no chão, me levantando rapidamente. Segui até a mesa de bebidas, que tinha no salão, precisava de algo mais forte.
Peguei um copo pequeno, que tinha na mesa e coloquei uma dose de vodka.
— Desse jeito você vai acabar em embriagada. — Ouvi a voz rouca de Sarah atrás de mim. Virei-me para olhar pra ela, seu rosto tava corado, creio que por conta do sol.
— Talvez essa seja a intenção. — Respondi a ela e virei a dose na boca. Sai de frente da mesa, para que Sarah pegasse uma bebida.
Vi que a mulher pegou uma cerveja.
— Aquele menino está olhando pra você desde a hora que cheguei. — Sarah dizia, quebrando o silêncio. Sua mão abria a latinha de cerveja.
— O Rodolffo? — Sussurei, me aproximando dela — Ele é um porre. — Revirei os olhos, enquanto Sarah me olhava — E não faz meu tipo. — Completei. Vi a mulher levar a latinha até a boca, dando um gole na bebida.
— Você tem um tipo? — Sarah perguntou, ainda olhando em meus olhos.
— Sim. — Respondi a ela — Prefiro as de olhos claros, cabelos loiros e braços fortes. — Desviei meu olhar de seus olhos para seus braços. Mordi o canto dos lábios e olhei pra ela. Simone não respondeu nada, apenas deu outro gole na cerveja.
Nossa atenção foi roubada por meu pai, que batia palma da mão no microfone, fazendo um barulho alto.
— Convoco todos para o meio da pista de dança. — Meu pai dizia, no microfone, nos chamando.
— Vem. — Peguei a mão desocupada de Sarah e a puxei para o outro lado do salão, até a pista de dança.
Meu pai colocou "não aprendi dizer adeus" no karaokê, e começou a cantar.
Observei minha mãe dançando com o marido de João, enquanto o mesmo estava do lado do meu pai. Tiago dançava com sua esposa e Caio estava na churrasqueira cortando um pedaço de carne para Waleria.
— Ju, quer dançar? — Estava prestando atenção nos outros dançando, que nem vi Rodolffo se aproximar.
— Não quero, estou muito cansada. Mas obrigada pelo convite. — Disse a ele, me escorando em Sarah, que me olhou sem entender nada. Vi uma expressão triste no rosto de Rodolffo.
O menino ia abrir a boca pra dizer algo, quando foi interrompido pela voz de mãe.
— Rodolffo. — Rodolffo rapidamente virou a cabeça pra trás, olhando pra minha mãe - Vem dançar com as coroas aqui!! — A mulher morena o chamou com a mão, ele apenas riu e foi.
— Cansada? Além de ser mimada você costuma mentir? — Sarah perguntou, olhando para mim — Você estava literalmente sentada, sem fazer nada. — Ouvi sua voz rouca dizer — Por que não quis dançar com ele? — Ela dizia, ainda olhando pra meu rosto.
— Não quero dança com ele porquê essa noite quero dançar com você. — Ignorei seus insultos. Tirei a latinha de cerveja da sua mão, colocando no chão. Peguei em suas mãos, a girei levemente e aproximei nossos corpos.
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A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]
Fanfic[ADAPTAÇÃO] - Juliette Freire é uma jovem que sempre teve tudo que queria. Mimada pelos seus pais, ao auge dos seus 25 anos cursava direito em uma das universidades mais caras e populares de Brasília. Em dezembro, sua família decide ir pro interior...