11- Eu gosto da sensação de sentir suas mãos nas minhas.

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Peguei meu top, que estava em cima da ponte e coloquei. Sarah voltou com uma toalha rosa em sua cintura e com uma branca em suas mãos, parando nas margens do lago.

- Vem cá. - Sarah me chamou com as mãos, estendendo a toalha - Não vou aí, a toalha vai molhar. - Ela dizia.

- Sarah, como vou sair daqui sem nada por baixo? - Falei a ela, revirando os olhos.

- Vem logo, Juliette! - Sarah dizia, já sem paciência - Não tem ninguém aqui! - Ela me olhava, com os braços cruzados.

Sai do lago em passos rápidos, com uma cara emburrada. Fui em direção a Sarah, que me olhava com um sorriso de lado. Me aproximei a ela.

- Que cara emburrada.. - Sarah passou a toalha em volta da minha cintura. Em um movimento rápido, suas mãos puxaram o tecido grosso, colando nossos corpos. Sarah levou seus lábios até os meus, os selando levemente.

- Preciso pegar minhas coisas, ali na ponte. - Sussurrei, ainda com meu rosto próximo ao dela. Sarah ajeitou a toalha em minha cintura, a prendendo para não cair.

Sai de perto dela, indo até a ponte de madeira. Fui em direção ao meu shorts, tirei a toalha de minha cintura fazendo ela deslizar por minhas pernas.

Sarah estava atrás de mim. Senti que ela me olhava. Peguei meu shorts e coloquei.
Logo peguei meu celular e meu tênis, e fui de encontro a ela. Que me olhava.

- Minha mãe vai acabar comigo quando eu chegar. - Disse a ela, que ainda estava parada. - Vamos logo. - Peguei em suas mãos e saí andando na frente.

Seguimos andando pelo quintal, refazendo o mesmo caminho que fizemos para chegar até o lago. Eu ainda segurava a mão de Sarah, que parecia se encaixar perfeitamente na minha.

Entramos em sua casa pelas portas do fundo.

- Vou pegar a chave de carro para te levar. - A loira soltou minha mão, indo em direção as escadas.

- Não precisa! - Falei, enquanto ela se aproximava das escadas - Eu vou andando. - Sarah me olhava com uma cara indignada, como se eu tivesse falado a maior bobagem da minha vida.

- Nunca. - Ela respondeu, ainda parada na escada - São quase oito horas da noite, Juliette. - Sarah dizia, parecia um pouco irritada pelo que falei.

- Sarah! Eu saí pra caminhar. Não posso voltar de carro. - Respondi, cruzando os braços.

Observei Sarah sair da escada, vindo em minha direção.

- Juliette, Por favor. - Sarah revirou os olhos - Você está molhada! Sua mãe vai perceber querendo ou não que você desviou da caminhada. - Um risinho surgiu em seus lábios.

- Eu posso dizer que fui dar um mergulho no rio, sei lá. - Expliquei, gesticulando com a mão. Vi ela revirar os olhos novamente, levando sua mão em seus cabelos molhados

- Tudo bem! Vemos a pé. - Sarah falou, já sem paciência. - Vou colocar uma roupa seca, já volto.

Observei ela se afastar, subindo as escadas.

Fiquei reparando em sua sala, a decoração era simples e delicada.

Fui em direção a uma pequena estante de madeira, com algumas fotos, livros e discos de vinil.

- Ei! - Tirei minha atenção dos discos e olhei para trás. Sarah vinha em minha direção. Ela estava com uma calça jeans, uma blusa meia manga na cor vinho e um chinelo em seus pés.

- Vamos logo, eu to com frio. - Falei a ela. Sarah saiu em direção a cozinha. Não entendi o por quê, mas logo apareceu em minha visão, com uma blusa fina de moletom em suas mãos.

A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora