27- Véspera da véspera de Natal.

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Abri meus olhos lentamente, acordando com som alto de música sertaneja, que com
certeza era meu pai.

Me remexi na cama, tirando a coberta que
estava sob meu corpo.

Levei minhas mãos até meus olhos, o coçando na tentativa de tirar a sensação de vista
embaçada.

Com muito esforço levantei-me da cama, indo
até o banheiro de meu quarto. Abri a porta, o
adentrando.

Tirei meu pijama e o joguei no cesto de roupa
sujas, que tinha ali. Precisava tomar um banho para despertar.

Abri meu box, ligando o chuveiro. Adentrei
meu corpo em baixo da água, que estava morna.

Tomei um banho rápido. Em seguida desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha branca, que estava pendurada no box de vidro.

Fui até minha pia, e abri o porta escova de
dentes.

Peguei minha escova, coloquei um pouco de pasta sob elae levei até minha boca, começando uma escovação de dentes.

Fiz toda minha higiene matinal e sai do banheiro, indo até meu guarda-roupa.

Como fazia calor, peguei uma blusa regata, na cor preta e um shorts jeans. Peguei também um conjunto de lingerie, na cor rosa claro.

Tirei a toalha, que envolvia meu corpo e vesti
minha roupa íntima. Logo depois a blusa, e o
shorts.

Fui até minha penteadeira, pegando minha
escova de cabelo. Dividi meu cabelo ao meio, o penteando.

Arrastei os olhos pelo móvel, procurando meu celular. Não o encontrei.

- Onde coloquei essa porcaria? - Falei em voz
alta, a mim mesma.

Caminhei até minha cama. Passei minha mão
pelo edredom, e o aparelho não estava lá também. Bufei.

Levantei rapidamente meu travesseiro, na
esperança de achar o celular. Não o achei.

- Mas que merda! - Falei, revirando os olhos.

Deixei novamente o travesseiro no lugar, indo
em direção a porta de meu quarto. A abri e sai.

Desci rapidamente as escada, indo até a sala.
Assim que adentrei o cômodo, pude ouvir o som ficar mais alto.

Olhei para o sofá e vi meu pai, sentado com
um jornal em suas mãos. E ao seu lado estava
nossa caixa de som.

Fui até a grande caixa, a desligando. Meu pai
abaixou o jornal, que tampava seu rosto.

- Juliette! Desligou minha música por que? -
Meu pai me perguntava, com uma expressão
furiosa em seu rosto. Achei engraçado.

- Viu meu celular por aí? - Perguntei a ele,
ignorando totalmente a pergunta feita pelo
homem. Passei meus olhos por nosso sofá, na
esperança de avistar o aparelho.

- Não vi nada, não. - Meu pai, que estava
sentado no sofá, disse. Vi suas mãos sairem
do jornal, indo até seu bolso. - Toma. - Seu
celular estava em sua mão. - Liga pro seu
número. - Estendi minha mão, pegando o aparelho.

Entrei no aplicativo de chamadas, disquei meu numero. O levei até minha orelha, o ouvindo chamar.

No quinto toque,o celular foi atendido.

Ligação on:

- Alô? - Ouvi uma voz feminina dizer.

- Oi. Com quem falo? - Perguntei, sentando no sofá.

- Com a Diaz. - Ouvi a voz dizer. Mas quem diabos era Diaz? pensei comigo mesma.

- Seja lá quem for, esse celular é meu. - Falei,
já apreensiva.

A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora