29- Realmente não sei o que esperar de você.

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Assim que adentrei a sala, vi Sarah saindo pela porta principal. Rosângela estava atrás dela.

Atravessei rapidamente o cômodo, indo até a loira, que andava apressadamente pelo caminho qual nos levava até a porteira de minha fazenda.

Sai correndo pela grama, com aquele salto alto. O que foi uma péssima ideia.

- Sarah! Espera. - Falei a ela, em um grito.

A mulher nem se quer olhou para trás.

Carla, que andava atrás dela, virou sua cabeça. Seu olhar estava confuso, como o de quem não estava entendendo o que acabara de acontecer.

Apressei meu passo, passando por Carlinha,
alcançando Sarah.

Levei minha mão até seu pulso, o segurando
fortemente.

- Sarah, por favor. - Falei a ela, em um tom baixo.

- Solta meu pulso. - A loira que estava de costas a mim, falou. Em um puxão, Sarah soltou seu pulso de minha mão.

A mulher voltou a andar apressadamente,
chegando na porteira de minha fazenda.

Fui mais rápida que ela. Coloquei meu corpo em sua frente, a impendido de abrir o portão de madeira.

Não pude deixar de notar o quanto Sarah
estava linda, com um vestido preto meia manga, que ia até um pouco acima de seu joelho.

- Sarah, não aconteceu nada do que você está pensando. - Falei apreensiva a mulher, que olhava para o lado.

- O que está acontecendo? - Ouvi a voz de Carla perguntar. Sarah soltou uma risada, carregada de ironia.

- Eu não estou pensando, Juliette. Eu vi! - A loira disse, ainda sem me olhar. Sua voz estava alterada.

Suas mãos foram até a fechadura da porteira,
tentando tirar a corrente que tinha ali.

Rapidamente, levei minhas mãos até as suas, a impedindo de realizar o ato.

- Rodolffo me pegou a força. Eu não queria
aquilo, Sarah.. - Minha voz saiu falha. Senti um nó se formar em minha garganta. - Por favor, olha para mim. - Disse a ela, tentando conter um choro.

Sarah me olhou. Seus olhos pareciam tristes

- Ele confessou que enviou as fotos a minha mãe, alegando gostar de mim. - Comecei a falar, tentando explicar a situação.

- Não precisa me explicar nada, Juliette. - Sarah falou, friamente.

- Deixa eu terminar de falar, por favor.. - Disse para a mulher em minha frente, com meus olhos já marejados. Sarah não respondeu nada, apenas manteve seu olhar no meu. - Eu o disse que ele era um idiota, que uma foto não ia nos separar. Quando terminei de falar, ele me puxou a força. Me beijando. - Sarah me olhava atentamente. - Foi quando você abriu a porta. - Pisquei meus olhos. Senti uma lágrima escorrer em minha bochecha.

Desviei rapidamenteo olhar para Carlinha, que
nos olhava.

- Já terminou? - A voz da loira, em minha frente, saju carregada de ironia.

Naquela hora senti que tudo que disse a Sarah, não valeu de absolutamente nada. O jeito como ela me olhava me deixava sem esperanças de que aquela história seria compreendida de acordo com a realidade do que realmente tinha acontecido. Seu olhar estava carregado de mágoa.

- O que é isso, Sarah? - A voz alta de Carla se fez presente. - Não ouviu que o garoto a beijou a força? - A loira dizia, com uma indignação em sua voz.

Sarah, em minha frente, soltou uma risada
irônica.

- Fica quieta, Carla. Você não sabe o quanto eles são amigos. - A loira falava cada palavra em um irritante tom de voz irônico. - Você precisava ver o dia em que eles jogaram sinuca agarrados. Não é, Juliette? - Sarah citou o dia em que eu a fiz ciúmes, por conta de Carla.

A dona da fazenda ao lado [ADAPTAÇÃO SARIETTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora