Mais um dia em casa...

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   Abri meus olhos devagar quando a luz do sol invadiu meu quarto. Ainda estávamos do mesmo jeito que dormimos. Daví me abraçava e minha cabeça estava repousada no seu peito. Levantei minha cabeça e ele dormia. Seus lábios continuavam chamativos, cogitei a ideia de beijá - lo, mas recuei. Não posso ficar fazendo isso com meu amigo. Voltei a colocar minha cabeça  em seu peito. Fechei os olhos e senti a mão dele passeando por meus cabelos. Continuei fingindo que estava dormindo. Em parte porque gostava do seu toque, só que também por querer saber o que ele faria em seguida.
   Seus lábios tocaram a superfície da minha testa. Sua respiração acelerou um pouco. Senti minha cabeça sendo colocada na cama e seus olhos estavam direcionados no meu rosto.
   Seus dedos tocaram minha boca e depois meu nariz. Ele me beijou... Meu coração parou por segundos. Queria acordar e dizer que senti tudo que ele fazia, mas não podia. Eu fiz a mesma coisa e não sabia se ele estava dormindo ou não.
   Ele sentou na cama e ficou passando a mão no meu braço. Depois de um tempo me mexi um pouco e ele levantou. Abri meus olhos em seguida.
- Bom dia!- Disse eu.-

- Bom dia!- Ele falou.-

- Já está acordado há muito tempo?- Perguntei para não deixá - lo constrangido.-

- Não...- Ele disse  e se sentou ao meu lado. Ficou calado.- Eu...- Ele começou.-

- Bom dia!- Lí disse atrapalhando o que Daví queria dizer. Olhei para ela que estava rindo.-

- Bom dia!- Respondemos juntos.

- Que horas são?- Ela perguntou. Olhei para o relógio que ficava em cima da porta.-

- Oito horas.- Falei. Minha mãe bateu na porta.-

- Posso entrar?- Daví abriu a porta e minha mãe estava de camisola.-

- Tenho que limpar os ferimentos de vocês.- Ela disse.-

- Se quiser eu posso ajudá - la.- Daví disse.- Posso limpar os ferimentos do Dreuh.

- Se ele não se incomodar...- Ela me olhou e eu concordei.- Então Lí... Vamos.- Elas sairam do quarto e Daví me abraçou.-

- E como andam as coisas entre você e o Igo?

- Quero muito que ele acredite em mim. Me sinto bem com ele.

- Ah.- Foi o que ele disse.-

- O que foi?- Perguntei apertando um pouco mais ele. Ele gostou.-

- Eu...- A porta se abriu e Rodrigo estava do lado de fora. Ele nos olhou e nós nos separamos.-

- Não quis atrapalhar.- Ele disse.-

- O quê?- Perguntei.-

- Não quis atrapalhar vocês.

- Você não atrapalhou nada.- Daví falou.-

- O que você quer?- Perguntei.-

- Queria saber como você está.

- Não precisa fingir que se preocupar comigo... Esse tempo já passou.

- Eu queria conversar com você... A sós.

- Eu preciso tomar banho e cuidar dos meus machucados, não posso falar com você agora.

- Quando acabar então?

- É, pode ser... Se eu não tiver nada melhor para fazer.

- O.k.- Ele saiu. Daví me olhou.-

- Eu sei que você tem os seus motivos para tratá - lo como tal, mas ele é seu pai.

- Eu sei... Mas ele se foi.

Odeio ser assim (Conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora