Epílogo

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Dreuh

Bom, voltamos ao início.
Hoje faz 10 dias que eu estou no hospital. Eu fiquei muito louco por algumas coisas que estavam acontecendo e fiz muitas besteiras que resultaram me trazendo para cá. Estou sofrendo, mas já estou um pouco mais calmo, espero muito que as coisas melhorem. Quando olhei para o lado, vi minha mãe com uma aparência deplorável.
A maior besteira que eu fiz, e que me trouxe para cá, foi acreditar no Christian. Eu sempre tive um pé atrás com ele, mas aí, fui ingênuo suficiente para acreditar em cada palavra dele.
Do outro lado do quarto, estava meu pai. E no exato momento, Eduardo entrou pela porta. Ele riu.
Queria muito ficar com ele... Com eles. Mas pelo o que eu entendi, meu orgão não estava funcionando, e não tem estoque de sangue para que fizessem o transplante.
A única pessoa que poderia me ajudar, não estava aqui. Jason me ajudou muito mesmo, e não culpo ele por não estar aqui.
Eu quero muito viver, mas estou muito fraco mesmo.
Meu corpo está todo dolorido. Minha respiração está fraca, e eu estou com vários aparelhos ligados a mim.
O meu estoque de sangue acabou. Minha mãe chorava há muito tempo já. Eduardo não chorava, mas eu sabia que ele estava sofrendo.
Rodrigo ria para mim. Todos me olhavam com pena, eu devia estar horrível.
- Desculpe filho.- Rodrigo começou.- Eu deveria ter sido um pai mais presente... Eu sei que qualquer coisa que eu diga agora, não vai resolver a minha ausência. Eu te amo muito!- Ele começou a chorar.-

- Eu te perdou.- Disse com dificuldade. Não queria que ele soubesse que eu sabia tudo o que ocorreu entre ele e Christian no passado.-

- Obrigado.
Meus amigos entraram: Lí, Kauã, Isa, Daví, Alan e até David.
Isa está linda grávida.
Lí estava chorando. Eu amava todos os meus amigos, mas eu tinha uma maior afinidade com ela. Ela segurou na minha mão e eu ri para ela.
Kauã também chorava. Ele é um grande amigo... Todos eles são.
Daví tentava esconder as lágrimas. David estava abraçado com a Lí, estava tão feliz por ela.
Alan e Daví não trocavam carícias, mas se beijavam pelo olhar.
Todos ali riam. Eu tentava rir, mas estava difícil.
Minha respiração estava ficando muito fraca. Minhas pálpebras estavam ficando pesadas, mas eu não queria fechá - las.
Priscilla entrou na sala.
- Desculpa.- Ela susssurrou.- Desculpa mesmo.- Eu concordei com a cabeça.-

Conversamos por uns vinte minutos mais ou menos, eu não tinha noção de tempo.
Eles me olharam. Queria dizer para o Eduardo com palavras que eu o amava. Mas ele me olhava com paixão... Nós nos olhávamos com paixão e compaixão. Ele sabia que eu o amava. Eu sabia que ele me amava.
Os aparelhos começaram a diminuir a frequência. Minha respiração era um pequeno sopro.
O ritmo do meu coração havia diminuído.
- Alguém ajuda aqui.- Eduardo começou a gritar.-

- Dreuh!- Minha mãe começou a chorar.- Por favor Dreuh.

- Dreuh meu filho. Não vá.- Meu pai falou.-
Todos os meus amigos começaram a chorar.
- Alguém ajude.- Eduardo correu para a porta e gritou no corredor.-
Ele voltou para perto de mim e tocou no meu rosto.
Eu disse um: "Eu te amo!" sem usar a voz.
- Por favor Dreuh, fica.- Ele pedia.-
A porta se abriu de vez, e eu já não conseguia enxergar mais nada.
Vi o vulto de duas pessoas entrando e correndo em minha direção.
Minha cabeça pendeu para o lado e pronto. Acabou...

A história continua...

Obs.: O primeiro livro acaba aqui. Agora é só esperarem para saberem o que vai acontecer no segundo. Bjs! Obrigado.
Espero que estejam com os lenços nas mãos.

Odeio ser assim (Conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora