Já sabia que Dreuh seria capaz de fazer isso de novo, mas dessa vez ele foi muito mais rápido. Christian achou melhor dá um tempo a ele, aceitei fazer isso, e olha onde vinhemos parar? Ele e eu na madrugada, procurando por Dreuh. Estávamos sem destino. Dreuh não tinha amigos e quase nunca saia de casa. Paramos o carro em frente ao rio. Senti um alívio e um desespero ao mesmo tempo por não encontrá - lo lá. Christian estava bem sério. Pediu que eu ficasse enquanto ele fosse analisar o rio mais de perto caso ele estivesse se afogando. Quando retornou minha cabeça já nem sabia o que pensar. Entramos no carro e ele estava chorando.
- O que aconteceu? Você viu ele no rio?- Desci do carro chorando e corri para verificar com meus olhos o corpo dele na água. Não demorou muito e Christian já estava atrás de mim.- Ele está aqui? Me diz!
- Ele não está aqui.
- A culpa é sua. Eu não queria falar nada para ele. Não vai dar certo. E se ele estiver morto?
- Não podemos acreditar nisso. Ele não morreu.
- Eu não devia ter te escutado, devia ter mandado ele ficar no quarto. Se tivesse feito isso, ele estaria em algum lugar seguro agora.
- Ele é adolescente e está passando por uma fase difícil. Nossa relação não tem nada a ver com isso.
- Claro que tem. Ele nunca gostou de você e nós sabíamos disso.
- Você quer terminar?
- Agora não é hora. Temos que encontrá - lo primeiro, depois resolvemos nosso problema.
- Então é um problema? Tudo bem, vou ajudar a encontrá - lo, mas entrarei em contato com você quando tiver uma solução para esse problema. Não gosto de ser duro com você, mas também não gosto que briguem com meus sentimentos. Vamos para o carro.
Mais uma vez procurávamos por ele sem destino. Christian não se pronunciou mais depois da nossa discussão. Me senti um pouco mal, mas não sei nem por onde começar a pedi desculpas, e ele sabe disso. Sabe desse meu problema.
- Eu...- Tentei me desculpar, mas ele não deixou que eu continuasse.-- Não continue. Não precisa se explicar. Seu filho vem em primeiro lugar. Eu tento entender isso, mas se demorar muito, eu posso cansar de esperar.
- Eu gosto de você. E só senti isso por alguém uma vez. Pelo pai... - Não gostava de falar naquele assunto e não começaria com ele.- Enfim, vou resolver isso o mais rápido possível.
- Você tem mais alguma ideia de ele posso estar?
- Não. Acho que não podemos fazer mais nada.
- Posso ficar com você se quiser.
- Vou precisar de alguém mesmo.
Quando chegamos na minha casa já iam dar quatro e quarenta da madrugada. Deitei no sofá e Chris sentou perto de mim.
- Durma meu bem, você está exausta, precisa de um pouco de descanço. Se Dreuh chegar eu acordo você.- Promete?
- Prometo.
Olhar Dany dormir era a melhor coisa do mundo. Mesmo assim, fora de controle, ainda conseguia ser bela. Olhei no relógio e já eram cinco da manhã e nenhum sinal de Dreuh. Subi para seu quarto. A porta estava aberta e mesmo sendo uma invasão de privacidade, entrei. Se ele me pegasse ali seria mais um motivo para me odiar. E isso me deixava mal, eu gostava dele.
Seu quarto era bem típico de adolescente, precisaria de um gps para encontrar qualquer coisa ali dentro. Seu notbook estava sobre a escrivaninha e percebi que estava ligado quando ele emitiu um som. A luz se acendeu e foi impossível não virar parar olhar a tela. Vi uma foto familiar. Me aproximei e confirmei minhas suspeitas. Era a foto de Eduardo. Abaixei a tela, não queria ver o que Dreuh aprontava nas redes sociais.
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Odeio ser assim (Conto gay)
Historia CortaPrimeiro Livro Com o passar do tempo, Dreuh começa a querer saber o porquê de ser diferente dos outros meninos da sua idade. Procura respostas, mas sem sucesso. Ele nunca pensou em se envolver com alguém e ter uma paixão avalassadora. Isso até conhe...