O dia amanheceu chuvoso, um vento muito forte entrou no quarto e eu acordei. Daví já tinha saído. Lí estava deitada comigo quando acordei. Ela chorava.
- O que aconteceu?- Perguntei.-- Você ainda pergunta?
- Desculpa, preciso mesmo ir com Rodrigo. Ontem aconteceu muita coisa.
- O quê? Onde você estava?- Contei tudo a ela.- Eu não acredito que dois irmãos fizeram isso... Bruno foi muito louco.
- Eu sei. Mas estou péssimo.
- Eu também ficaria. Como a família dele deve está agora?
- Nem me diga!- Suspirei.- Queria tanto ter uma vida sem problemas. Tantas coisas aconteceram em pouco tempo. Há uma mês nada acontecia, mas agora, só as coisas mais bizarras surgiram. Eu tenho um azar muito grande.
- Então foi um azar nos conhecer?
- Não.- Disse eu.- Mas não quero que mais ninguém saiba dessa história.- Ela parou de chorar no mesmo instante que a chuva cessou.-
- Claro. Mas não queria que você fosse.
- Eu quero ir...
- E a Mel? O que vai acontecer com ela?
- Se ela estiver grávida, vou ter que aturá - la até essa criança nascer, aí vou poder ficar livre. Porque nós sabemos que essa criança não é minha.
- Sua mãe caiu direitinho. Será que se você contasse para ela essa história do Igo e do Bruno, ela não acredita em você?
- Acreditar? Ela vai é me matar. Com certeza ela não vai aceitar um filho como eu.
- Você já tentou falar qualquer coisa a respeito?
- Não.
- Vamos escovar os dentes?- Concordei.- Ah, como estão os braços?- Ela perguntou quando estávamos dentro do banheiro.-
- Não coçam tanto assim. O direito nem dói... Mas o esquerdo.- Ela riu.-
- Hoje ja é segunda, quarta está mais perto.- Suspirei.- O que foi?
- Não sei mais se quero ir para escola...- Olhei para ela.- Tem a Mel e o Bruno... Tenho certeza que vem confusão por aí.
- Nós vamos está lá. Podemos não ir para a escola e irmos para um bar. Que tal?- Olhei para ela que ria.-
- Acho melhor não. Ainda tenho lembranças que vão me fazer recordar tudo. Eu vi todo o acidente.
- Como foi?- Ela perguntou curiosa.-
- Primeiro a frente do carro bateu, não sei como, mas a lateral foi foi atingida...
- Outro carro. Outro carro bateu no nosso.- Ela disse.-
- Depois da pancada, senti o carro girar no ar e quando desbloqueei meu celular, vi pessoas se aproximando e pronto... Apaguei.
- Queria ter visto.
- Não perdeu muita coisa.
- Ah, perdi sim. Ei...- Ele disse.- Depois da aula de quarta, nós podíamos ir para aquele cemitério, lá é muito bom.
- É, é muito tranquilo. Falamos com os outros e vemos.- Ela escoveu meus dentes e saí do banheiro para que ela tomasse banho. Esperei, e finalmente ela saiu. Tomei banho e me vesti.-
Minha mãe já não estava mais em casa. Rodrigo dormia no sofá e Lí preparou o nosso café da manhã. Cochichávamos para não acordá - lo. Ela parecia aceitar a minha decisão de ir embora para outro país, não comentou mais nada. Mandei mensagem para Kauã e Isa, pedi que eles viessem para minha casa. Demoramos muito na cozinha. Rodrigo entrou nela e estava apenas de cueca azul e muito excitado. Meus olhos foram direto para o seu pau e ele estava de olhos fechados, não nos viu, por isso, enfiou a mão direita na cueca e coçou seu saco. Meus olhos ficaram vidrados na cena e meu pau começou a ficar duro. Coloquei a mão em cima e tossi para que ele parasse. Ele abriu os olhos e ficou vermelho. Pediu desculpa e saiu. Lí me olhou e eu ri, mas na verdade, eu estava muito confuso. Ele era meu pai e eu estava ficando excitado... Até desejando ele. Lembrei de Igo e será que foi isso que ele sentiu por Bruno? Não, eu não vou fazer como ele. Eu abominei aquilo e não posso fazer igual. Eu não sou igual a ele. Eu não quero acabar ainda mais com a minha família. Eu preciso tirar esses desejos e pensamentos da minha cabeça. Eu não sentia ele como um pai. Não por raiva, eu só não sentia. Não conseguia considerá - lo como tal.
Lí não fez nenhum comentário da cena e eu achei melhor assim. Ficamos lá até minha excitação passar. A campanhia tocou e fomos para a sala. Abri a porta e meus amigos e Carlos riam para mim. Eles entraram e Carlos parecia procurar por alguma coisa.
- Ela não está.- Lí disse e todos rimos.-
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Odeio ser assim (Conto gay)
Cerita PendekPrimeiro Livro Com o passar do tempo, Dreuh começa a querer saber o porquê de ser diferente dos outros meninos da sua idade. Procura respostas, mas sem sucesso. Ele nunca pensou em se envolver com alguém e ter uma paixão avalassadora. Isso até conhe...