Combinamos de sair às seis da manhã. Levantei às cinco e estava muito nervoso. Andei uns cinco minutos de um lado para o outro antes de entrar no banheiro e tomar banho.
Fiz todo o ritual matinal. Tentei controlar a minha respiração, mas estava ficando difícil a cada segundo que se passava.
Às seis em ponto Christian bateu na porta do meu quarto. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Eduardo.
"Bom dia! Já estamos indo. Espero que as coisas saiam bem. Te amo! Já estou com saudades!"
Coloquei o celular no bolso e saí do quarto. Christian disse que devíamos descer em silêncio, foi isso que fizemos. Entrei no carro, no banco de trás e ele pediu que eu me abaixasse. Fiz isso até saírmos do nosso bairro.
Nós conversávamos muito durante todo o caminho. A cada minuto que se passava, nos afastávamos da cidade. Entramos em uma estrada de barro.
- Por que estamos indo por aqui?- Perguntei muito nervoso.-- Eu disse que a delegacia era distante. Foi a única que eu julgo ser a segura.
- Eu estou muito nervoso com tudo isso que está acontecendo.
- Tudo vai dar certo. Temos que ter fé.
- Você tem razão.- Eu disse.-
Continuamos a viagem. A estrada estava muito esburacada e meu corpo ia de um lado para o outro dentro do carro.
À medida que andávamos, eu só conseguia ver mato e mais mato de todos os lados. Não havia a presença de carros ou pessoas. Estava ficando muito aflito.
Olhei as horas e já passavam das oito.
- Christian, já fazem duas horas que seguimos por essa estrada, e não vejo nada... Nenhuma pessoa... Casas... Carros... Só mato e mais mato. Para onde estamos indo?- Estamos chegando.
- Quanto tempo?
- Só mais duas horas.
- Duas horas?- Eu me assustei.-
- Sim, Dreuh.
- Ainda vai demorar muito. Quando você disse que era distante, eu não imaginei que fossem quatro horas de viagem.
- Se você quiser voltar tudo bem. Mas são duas horas se continuarmos e duas horas se voltarmos, mas a escolha é sua.- Ele disse parando o carro.-
- Tudo bem, podemos seguir. Eu só não esperava que fosse demorar tanto.- Ele voltou para a estrada.-
- Logo vamos chegar e todo esse pesadelo vai acabar.
- Assim espero.- Encostei minha cabeça no vidro do carro, e aos poucos, fui adormecendo.-
Passamos por uma pedra, e isso me acordou. Olhei as horas e já tinham sido passado mais duas horas.
Dormi bastante.
- Vamos demorar muito a chegar ainda?- Perguntei. Dei uma olhada ao redor e me assustei. Todas as casas estavam meio que abandonadas.-
As ruas estavam desertas. Parecia que estávamos em um cenário de filme de terror... Não havia nada ali. Tudo estava abandonado, só havia nós dois naquele lugar.
- Onde estamos?- Perguntei muito mais que assustado.- Por que me trouxe aqui?- Calma Dreuh, estamos chegando.
- Chegando aonde?- Tentei abrir a porta do carro mas estava travada.-
- Chegamos!- Ele anunciou e parou o carro.-
Estávamos em frente a um prédio abandonado. Como tudo ali.
Ele abriu as portas e desceu. Olhei ao redor e fiz o mesmo.
- Esta cidade está abandonada. O que viemos fazer aqui?- Perguntei sentindo um vento muito frio.-- Vinhemos nos proteger.
- Como assim? Estamos no meio do nada.
- Simples.- Ele se aproximou, ficando muito perto de mim.- Eu fiz tudo isso com você. Sou eu que quero te matar.- Engoli em seco.-
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Odeio ser assim (Conto gay)
Historia CortaPrimeiro Livro Com o passar do tempo, Dreuh começa a querer saber o porquê de ser diferente dos outros meninos da sua idade. Procura respostas, mas sem sucesso. Ele nunca pensou em se envolver com alguém e ter uma paixão avalassadora. Isso até conhe...