Capítulo vinte e seis: Eu quero recomeçar.

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ɴᴏᴛᴀꜱ ɪɴɪᴄɪᴀɪꜱ ᴅᴀ ᴀᴜᴛᴏʀᴀ:

Oiieees! :) Como vocês estão, meus amores?

Espero que estejam bem!

Peço desculpas a todos que estão cansados de chorar com esta história, mas... é, minha gente, mais um capítulo pesado veio aí, por um bom motivo, é claro!

Novamente, recomendo que leem quando estiverem dispostos para isso, é muito importante que respeitem a saúde mental de vocês. Então, se a minha história não estiver fazendo bem neste momento, eu lamento como escritora, que demorei tanto tempo para conquistá-los, porém quero que façam o que for melhor pra vocês!

Boa leitura! 💜💙

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⚠️ Aviso: Este capítulo contém conteúdo sensível

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⚠️ Aviso: Este capítulo contém conteúdo sensível. ⚠️

Filho da noite, a escuridão pertencia-lhe como a marca de uma maldição, enraizada em seu DNA. Jeongguk sentia-se como o céu naquela madrugada fria; ausente de luz, vazio infinito e exposto, para qualquer um que quisesse machucá-lo. Talvez não fosse preciso a presença de outrem, com o tempo havia ficado bom em machucar a si mesmo, bom até demais.

Sem rumo. Andava pelas ruas de Seul sem saber para onde ir nem o que fazer para anestesiar aquela dor que o incendiava por dentro e o deixava sufocado com seus próprios pensamentos e sentimentos, guardados há tanto tempo a sete chaves. A única atitude que sabia tomar era chorar, como quando as águas do rio desembocam no oceano e tudo se transforma em profundidade, Jeongguk estava afogando-se dentro de si mesmo; perdido, assustado e com medo, com muito medo de que seu fim fosse realmente sozinho.

Naquele momento, não se importava com mais nada, nem mesmo com os olhares que as pessoas direcionavam para si por onde passava com suas lágrimas quentes e dolorosas. No início daquela madrugada, havia ligado para Taehyung, Namjoon, e, até mesmo, para o celular de sua mãe, em um orelhão qualquer de rua, porém nenhum deles atendeu suas ligações. Não havia ninguém para segurar sua mão e o tirar daquela escuridão.

Já sentiu a solidão em vários momentos e fases de sua vida, mas não como naquela madrugada, não quando entrou pela porta de um bar qualquer e o barman olhou-o com aquele olhar, o olhar de que passou a vida inteira fugindo; dó, piedade, compaixão, chame do que quiser, ele odiava aquela sensação, a sensação de se sentir quebrável, um pobre coitado.

Com muita insistência de sua parte e com os dígitos de sua conta bancária, no final conseguiu aquilo que queria, comprou uma garrafa inteira de Vodka japonesa. Então, saiu vagando pelas calçadas e ruas de Seul com o veneno em suas mãos, ingerindo goles significativos enquanto observava as pessoas em suas vidas e se questionava o que de tão errado havia feito com sua para ter acabado daquele jeito, do jeito que sempre temeu em chegar: no fundo de um poço escuro, vazio, frio e profundo, tendo que lutar contra os fantasmas de sua própria voz.

𝗔 𝗩𝗜𝗗𝗔 𝗗𝗢 𝗢𝗨𝗧𝗥𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora