Felizes Para Sempre

Despertar do Passado

Evelyn Evergreen, uma jovem de cabelos negros como a noite e olhos curiosos, navegava pelos corredores movimentados do colégio com um sorriso nos lábios. Seus passos eram leves, mas cheios de determinação, enquanto ansiava pelo próximo capítulo de sua vida. Aos dezesseis anos, Evelyn era conhecida por sua personalidade vibrante e inteligência afiada. No entanto, por trás de sua fachada alegre, havia uma sensação de que sua verdadeira história ainda estava por ser descoberta.

Nova York era seu lar adotivo, e sua família, apesar de simples, a amava com todo o coração. Evelyn sempre se sentira grata pelo afeto e cuidado, mas havia um vazio sutil dentro dela. Não possuía memórias de seus pais biológicos. A única coisa que sabia era que a encontraram em uma floresta distante e a acolheram como sua própria filha.

Enquanto Evelyn se encaixava perfeitamente em sua vida no mundo real, nos confins do mundo encantado, seus pais verdadeiros, Branca de Neve e o Príncipe Encantado, sofriam em silêncio. Separados por uma cruel maldição lançada pela Rainha Má, eles se esforçavam para encontrar sua filha perdida. A Rainha Má, uma vilã astuta e implacável, arquitetara um plano maligno para roubar Evelyn de sua verdadeira família e condená-la a uma vida no mundo humano, sem lembranças de sua linhagem real.

Evelyn, inconsciente de sua origem e da maldição que a cercava, vivia sua vida cotidiana na cidade movimentada. Era popular entre os colegas de escola, envolvida em atividades extracurriculares e cercada por amigos leais. No entanto, um sentimento de desconexão persistia dentro dela, como se houvesse um véu separando-a de sua verdadeira identidade.

Certo dia, a escola organizou uma viagem ao Museu de Arte e História de Nova York, e Evelyn estava particularmente entusiasmada com a oportunidade de explorar o mundo das artes e da história. Enquanto a turma entrava no museu, uma sensação inexplicável de pertencimento tomou conta dela, como se algo importante estivesse prestes a acontecer.

Enquanto percorria as diferentes exposições, um objeto em particular chamou a atenção de Evelyn: um antigo espelho encantado. Sua superfície polida brilhava, refletindo um brilho misterioso. Sem conseguir resistir à atração magnética, ela se aproximou cautelosamente, estendendo a mão para tocá-lo.

No instante em que seus dedos fizeram contato, um arrepio percorreu sua espinha, e o mundo ao seu redor começou a se distorcer. Evelyn sentiu-se como se estivesse sendo puxada para dentro do próprio reflexo, transportada para um lugar além de sua imaginação.

Ela se encontrou em uma clareira na floresta encantada. Árvores majestosas erguiam-se ao seu redor, enquanto a neve pairava no ar. A sensação de familiaridade invadiu Evelyn quando percebeu que não estava sozinha. Um cavalo branco se aproximava, e montado nele estava o Príncipe Encantado.

O príncipe, cuja coragem e determinação eram evidentes em seus olhos brilhantes, estava em uma missão para salvar sua amada Branca de Neve. Evelyn observava, fascinada, enquanto ele cavalgava com graciosidade pela floresta, seu cavalo relinchando em uníssono com o bater de seu coração.

Guiada por um impulso irresistível, Evelyn seguiu o príncipe até chegar a um local na floresta onde encontrou Branca de Neve adormecida em um caixão de cristal feito pelos sete anões. O coração de Evelyn disparou ao se deparar com a beleza tranquila da princesa, cujos lábios vermelhos aguardavam pelo beijo do amor verdadeiro que a despertaria.

Com emoção e esperança em seu olhar, o príncipe se aproximou de Branca de Neve. Seus lábios tocaram suavemente os dela, e uma aura mágica envolveu o lugar. O caixão de cristal desfez-se em um brilho intenso, enquanto Branca de Neve abria os olhos, encontrando os olhos amorosos de Florian. A maldição havia sido quebrada, e o amor triunfara sobre o mal.

Evelyn, testemunhando aquele momento mágico, sentiu uma conexão profunda com aquela história de amor verdadeiro. Sabia que ali estava uma peça importante do quebra-cabeça que era sua própria vida. Antes que pudesse assimilar totalmente a magnitude do que presenciara, a realidade voltou a se impor. Evelyn encontrava-se de volta à sala do museu, entre os murmúrios de admiração dos outros visitantes. Olhou ao redor, confusa e maravilhada, com o coração palpitando.