Felizes Para Sempre

Sob o Olhar do Inimigo

Um estrondo ensurdecedor reverberou pelos corredores do castelo, acompanhado pelo crepitar de feitiços conflitantes. O ar estava cheio do cheiro acre da magia guerreira, enquanto a Rainha Má e Jacinta, a fada madrinha de Evelyn, travavam uma batalha frenética pela vida e pelo destino de uma criança ainda não nascida.

No epicentro da turbulência, Jacinta empunhou a sua varinha habilmente, defendendo-se dos ataques da Rainha. Sua expressão preocupada consciente de que o resultado determinaria o futuro de todos.

- Você não vai prevalecer, Rainha Má! - gritou Jacinta, a voz ecoando com autoridade. - a criança está destinada a nascer e trazer esperança a este reino!

Regina sorriu sarcasticamente, seus olhos brilhando com malícia calculada.

- Você subestima meu poder, Jacinta. Nada impedirá a realização dos meus planos.

A Rainha Má lançou um feitiço poderoso, mandando Jacinta para trás com uma explosão de energia negra. A fada tentou resistir, mas suas forças estavam se esgotando rapidamente. Desarmada e debilitada, Jacinta viu a sua varinha ser arrancada das suas mãos pela força bruta da magia de Regina.

No momento em que a varinha estava prestes a desaparecer no horizonte, um portal mágico criado pelo vilão se abriu diante dela, como uma boca negra devorando luz. Do outro lado do portal, Lady Tremaine, uma mulher com feições severas e olhos gelados, esperava com uma expressão calculista. Vendo a varinha se materializar diante dela, um sorriso satisfeito curvou seus lábios.

- Finalmente, um presente digno de uma verdadeira rainha - ela murmurou para si mesma, erguendo a varinha.

A Maldição das Trevas avançou como uma tempestade, lançando uma sombra sinistra sobre o reino encantado. Antes que ele pudesse formular um plano de defesa, sua filha Anastasia interrompeu seus pensamentos com a voz trêmula de medo.

- Mamãe, olha! A maldição está se aproximando! Seremos amaldiçoados a dormir para sempre, como a boboca da Bela Adormecida!

As palavras de Anastasia ecoaram na mente de Tremaine, disparando o alarme de urgência em seu coração. Antes que ela pudesse formular uma resposta, sua outra filha, Drizella, interveio com uma sugestão.

- Mãe, use a varinha para nos proteger da maldição! - sugeriu Drizella, com a voz cheia de tensão e ansiedade.

Tremaine considerou rapidamente as palavras de suas filhas, pesando as opções diante dela. Sem hesitar, a vilã ergueu sua varinha, convocando seu poder interior para criar um escudo protetor ao redor de si e de suas filhas, suas últimas medidas de defesa contra a escuridão que se aproximava.

Cinderela, a jovem que certa vez chamou de enteada, ajoelhou-se ao lado das meias-irmãs, uma mistura de medo e desespero refletindo em seus olhos. Ela não entendia completamente o que estava acontecendo, mas sabia que o que se aproximava representava um perigo terrível.

Quando a Maldição finalmente atingiu seu auge, envolvendo o reino encantado em uma névoa sinistra, Tremaine desfez o escudo protetor, revelando sua verdadeira intenção por trás de sua suposta generosidade.

- Agradeço por esse presente, Regina - declarou em tom de voz suave e ameaçador, dirigindo-se às sombras que agora se dissipavam ao seu redor.

Grata, Tremaine agora tinha o que precisava para executar seus próprios planos. Ela se virou para Cinderela com um sorriso malicioso, os olhos brilhando com uma promessa de vingança.

Ella sentiu um nó na garganta ao perceber que seu tão esperado feliz para sempre estava mais uma vez sob ameaça. Ela segurou o marido, Henry, com força, buscando conforto e coragem em seu abraço reconfortante. Seus corações estavam pesados com a sensação de desamparo diante de sua madrasta.