Valle Verde

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Acontecia anos atrás na Floresta Encantada. O sol se punha no horizonte, e Branca de Neve, disfarçada como uma simples camponesa, estava exausta após horas de fuga dos guardas da Rainha Má. Finalmente, avistou naquela floresta uma pequena casa ao longe e, com esperança no coração, dirigiu-se em sua direção. À medida que se aproximava, Branca de Neve sentiu uma sensação diferente, tranquila e reconfortante, como se tivesse encontrado um lugar seguro.

Ao alcançar a entrada, Branca de Neve hesitou por um momento. Ela sabia que não podia revelar sua verdadeira identidade, pois a Rainha Má a procurava incessantemente. Então, respirou fundo, ajustou o capuz e adotou uma postura cuidadosa. Decidiu adotar o nome de "Rosa Branca", esperando passar despercebida.

Ao chegar à casinha dos anões, Branca de Neve parou por um momento, relutante em entrar sem ser convidada. Mas o instinto de sobrevivência a empurrou adiante, e ela cuidadosamente abriu a porta e entrou, procurando não fazer barulho.

O interior era aconchegante e revelava a personalidade de cada um dos anões. Havia ferramentas e objetos de trabalho espalhados pela casa, e uma lareira crepitante trazia calor ao ambiente. O ar estava repleto do aroma de comida caseira e da madeira das camas.

Branca de Neve sentiu-se em casa, apesar de estar em uma casa desconhecida. A tranquilidade da vila a envolveu, e ela se permitiu relaxar um pouco, tirando o capuz e revelando os longos cabelos negros que a caracterizavam.

Ela se sentou em uma das pequenas cadeiras, sentindo-se protegida pelo espírito acolhedor. Mesmo em meio à incerteza de seu destino e da ameaça da Rainha Má, Branca de Neve teve a sensação de que, ali, encontraria um refúgio para planejar seus planos.

- Que lugar encantador... sinto-me segura aqui. - Olhou para a lareira crepitante, sentindo o calor reconfortante.

Atualmente, no mundo real, quando Evelyn acordou, encontrou-se em um ambiente estranho. As paredes eram feitas de madeira entalhada, as janelas altas deixavam entrar a luz suave do sol e o ar estava impregnado de um aroma reconfortante de ervas e flores. Seus olhos se ajustaram à luz e, para sua surpresa, ela estava em um quarto acolhedor e rústico, completamente diferente do ambiente urbano e agitado de Nova York. Ainda um pouco tonta e confusa, Evelyn olhou ao redor, tentando entender onde estava. A lembrança do acidente veio à tona, e ela percebeu que alguém a havia resgatado. Mas quem? E onde estava agora?

Nesse momento, a porta do quarto se abriu lentamente, revelando um jovem de cabelos castanhos escuros, pele clara e olhos azuis que a observava com uma expressão preocupada. Era o mesmo rapaz que a encontrou após o acidente.

- Você acordou! - disse ele, aliviado. - Como está se sentindo?

Evelyn piscou algumas vezes, sentindo-se fraca e dolorida. Ela tentou falar, mas sua voz saiu fraca e rouca. O rapaz se aproximou e ofereceu-lhe um copo com água. Ela bebeu com gratidão, sentindo a sensação refrescante em sua garganta.

- Bem, obrigada... quem é você? - perguntou ela, finalmente conseguindo falar.

Evelyn sentiu-se grata pela ajuda de Félix. Apesar de ainda não saber muito sobre ele, ela podia sentir uma presença tranquilizadora ao seu redor.

- Quem é você? - Evelyn indagou novamente, olhando para ele com curiosidade e um pouco de desconfiança.

- Ah, me desculpe! Eu não pretendia assustá-la. Meu nome é Félix. - respondeu ele, tentando tranquilizá-la.

Evelyn olhou para ele, curiosa e intrigada.

- Oi, Félix. Eu sou Evelyn... obrigada por cuidar de mim. - disse ela, mostrando sua gratidão.

- Então... Eu não sou exatamente quem você pensa que sou.

- Como assim? O que você quer dizer? - perguntou ela.

Felizes Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora