No íntimo sombrio da masmorra mais profunda do Castelo de Branca de Neve, a Rainha Má emergiu de uma névoa negra, sua presença envolta em mistério e sombras. Diante dela, Rumpelstiltskin, o Senhor das Trevas, aguardava sombriamente, seus olhos se encontraram em um duelo silencioso, carregando décadas de aliança e traição.
- O vento das profecias sopra, e uma silhueta se insinua na trama do destino. Uma criança está destinada a nascer com o poder de romper suas trevas, desafiando seu reinado. - proclamou Rumpelstiltskin, com sua voz carregada de malícia.
A Rainha Má ergueu uma sobrancelha, observando o olhar dele e ouvindo suas palavras, que revelavam a profecia pintando o surgimento de uma criança destinada a ser a peça-chave na batalha entre luz e escuridão. A firmeza tomou conta da Rainha Má, seus punhos cerrados enquanto ela tramava planos para conter a ameaça iminente, seus olhos brilhando com uma intensidade maligna que refletia sua determinação.
- A Salvadora, minha cara Rainha Má, será a filha de Branca de Neve. - acrescentou Rumpelstiltskin, com um sorriso astuto.
A expressão da Rainha Má era uma mescla de furor e inquietação.
- Branca de Neve... - sussurrou ela, como se o nome fosse uma maldição em si. - Como ela se atreve a gerar a luz que desafiaria minhas trevas? - questionou, com uma fúria contida, mas palpável.
Rumpelstiltskin sorriu astutamente, os olhos faiscando com malícia.
- O destino é tão imprevisível quanto previsível, Rainha Má. A Salvadora será forjada nas circunstâncias que você mesma ajudou a moldar. Sua existência é um eco das escolhas que todos fizeram nesta vida ou em outras.
Rumpelstiltskin inclinou-se para a Rainha Má com um sorriso enigmático.
- Como posso evitar esse destino? Como impedir que a filha de Branca de Neve se torne minha ruína? - indagou ela, buscando desesperadamente uma saída.
Rumpelstiltskin riu, uma risada que ecoou pelas masmorras como um sussurro.
- As respostas estão ocultas, Rainha Má. Escolhas precisarão ser feitas, sacrifícios demandados. Lembre-se, nem toda luz é benevolente, e nem toda escuridão é sinistra.
Um arrepio serpenteou pela espinha da Rainha Má, enquanto as palavras de Rumpelstiltskin se desdobravam diante dela, como enigmas esperando serem decifrados. Diante dela, Rumpelstiltskin estendeu um pergaminho envelhecido, onde símbolos ancestrais aguardavam a interpretação de seus destinos entrelaçados.
- A profecia da Salvadora... Um ser nascido do amor verdadeiro, destinado a ser a ruína do mal - sussurrou ele, sua voz serpenteando com malícia.
Os olhos da Rainha Má percorreram o pergaminho com astúcia, absorvendo cada palavra que delineava o destino iminente.
- O amor verdadeiro... Uma força frágil, mas poderosa o suficiente para ameaçar minha existência.
Rumpelstiltskin aproximou-se, um brilho maligno dançando em seus olhos.
- Se deseja evitar esse destino, Rainha Má, talvez deva recorrer ao que domina: as artes das maldições. Com um feitiço, pode distorcer o curso do destino, afastando a profecia de sua vida.
Um sorriso sinistro curvou os lábios da Rainha Má. A sugestão de Rumpelstiltskin inflamou uma faísca de esperança em seu coração gélido.
- Sim, uma maldição que selará o destino da Salvadora e assegurará minha supremacia sobre as trevas.
Com um aceno de cabeça, ela aceitou o desafio lançado pelo destino, determinada a empregar todas as artimanhas ao seu alcance para garantir que a profecia da Salvadora jamais se concretizasse. Rumpelstiltskin, com gestos teatrais e um sorriso tortuoso nos lábios, respondeu à Rainha Má com um ar de antecipação.
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Felizes Para Sempre
FantasyEvelyn Evergreen foi cruelmente separada de seus pais, Branca de Neve e o Príncipe Encantado, pela vingativa Rainha Má. Ao descobrir suas verdadeiras origens, Evelyn percebe que é a única capaz de quebrar a maldição que assola a Floresta Encantada e...