O Início do Amor Verdadeiro

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A clareira mágica vibrava com a iminência do confronto entre Rumpelstiltskin e a Rainha Má. Cada palavra e respiração carregavam o peso de uma tempestade prestes a se desencadear, ecoando trovões no limiar da colisão iminente. Da escuridão, emergiu a Rainha Má, sinistra e majestosa, seus olhos cheios de malícia fixos em Rumpelstiltskin. Um sorriso traiçoeiro dançava em seus lábios, deixando claro que ela não era uma adversária a ser subestimada.

- Rumpelstiltskin, achou que poderia ocultar seus planos de mim?

A voz cortava como lâminas, suave, mas venenosa.

- Suas artimanhas não passam despercebidas, Rumpelstiltskin. Não permitirei que use a Salvadora para seus propósitos.

A Rainha Má desafiou com determinação.

- Este reino é meu, e não permitirei que profecias ou jogos mágicos atrapalhem meus planos.

Rumpelstiltskin respondeu com sabedoria.

- Você é a rainha das palavras afiadas, mas não pode controlar todas as peças deste tabuleiro.

- Tenho algo que você quer, Rumpelstiltskin, algo que agora me pertence.

- E o que seria?

- Possuo o amor da sua vida, Rumpelstiltskin. Aquele que pode trazer luz à sua existência sombria.

A ameaça da Rainha Má pairou como um feitiço, atingindo Rumpelstiltskin.

- Se você cruzar meu caminho, o que você ama será consumido pela destruição.

A batalha tornou-se pessoal. Momentaneamente desarmado, Rumpelstiltskin enfrentou a revelação com uma pontada de desconforto.

- Suas artimanhas podem ter me ferido no passado, mas subestimar-me agora seria um erro.

A tensão atingiu o seu ápice. Rumpelstiltskin fez uma promessa sombria.

- Prepare-se para enfrentar as consequências de suas escolhas. Desafiarei o próprio destino.

A Rainha Má respondeu com uma risada fria.

- A traição sempre foi minha aliada, uma lição que aprendi da maneira mais difícil. Pode tentar, Rumpelstiltskin, mas o destino já está selado. Nada pode mudar o rumo traçado.

Acuado pelas palavras cortantes da Rainha Má, Rumpelstiltskin foi consumido por uma ira incontrolável. Desencadeando sua magia, feitiços de explosão de energia cortaram o ar como lâminas afiadas, fazendo a clareira tremer sob a intensidade liberada.

A Rainha Má, conhecedora dos estratagemas de seu adversário, revelou sua carta na manga. Enquanto os feitiços de Rumpelstiltskin se aproximavam, seu corpo se desfez, transformando-se em uma nuvem de borboletas azuis de vidro cintilante. Uma ilusão alimentada pelos fragmentos do espelho mágico, uma visão hipnotizante desafiando a própria realidade.

Diante da metamorfose da Rainha, Rumpelstiltskin, bravo, parou momentaneamente. As borboletas de vidro giravam ao redor dele, como memórias esquecidas de um passado que ele lutava para compreender.

- Seu ódio é sua fraqueza, Rumpelstiltskin. Assim como estas borboletas, suas memórias são frágeis e quebradiças.

Ecoou a voz da Rainha Má, penetrando na mente dele. As borboletas, delicadas e frágeis, pareciam carregar fragmentos ocultos, momentos quebrados e perdidos que ele preferiria esquecer.

- Acha que pode me manipular com ilusões baratas?

Rugiu ele, enquanto as borboletas permaneciam inabaláveis. Cada borboleta de vidro refletia uma história de perdas e escolhas equivocadas. Ao perceber a ilusão, Rumpelstiltskin soltou um riso ácido, alimentando seu ego sombrio.

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