capítulo 1

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Lia ON

desde muito nova eu sempre gostei muito de ir a escola, me lembro que quando criança trocava bonecas e panelinhas por livros ou cadernos e no auge dos meus dezesseis anos sou considerada a melhor aluna da escola e a queridinha dos professores, todos dizem que terei um futuro brilhante pela frente e minha mãe vive dizendo aos quatro ventos que sou a filha perfeita, estudiosa, esforçada e obediente. Como moro em uma cidade pequena já escutei muitas pessoas dizerem que sou um exemplo para os jovens, mais não acho isso pois todos os outros alunos da escola mal sabem da minha existência e os que sabem apenas me zouam com minha cara por conta de eu ser a nerdezinha e vivem me chamando de esquisita, acho que por conta dos meus óculos e roupas que não são da moda como os das outras alunas, mais não tenho culpa se minha mãe não me dá dinheiro para essas coisas.

Mãe: Lia desce logo que você já está atrasada para escola - grata do andar de baixo

Lia: já tô indo mãe - falo pegando minha mochila em seguida desço as escadas indo em direção a cozinha

Mãe: está indo aonde garota? - pergunta séria enquanto licha suas grandes unhas

Lia: pegar uma fruta para comer no caminho - falo dando ombros

Mãe: que fruta o que garota, vai logo que você já está atrasada, hoje você tem prova e vê se não me envergonha com uma nota baixa entendeu - diz séria

Lia: sim mamãe - falo indo em direção a porta da frente

Saio de casa apressada e como estou atrasada começo a praticamente correr até a escola pois minha prova será na primeira aula e tenho que me esforçar para tirar um dez ou mamãe é capaz de surtar novamente. Como eu disse antes, gosto de ir para escola desde muito nova, estudar sempre foi prazeroso para mim até minha mãe colocar na cabeça que tenho que ser a melhor da escola, me formar em medicina com honras e me tornar a melhor médica de todas.

Eu nunca quis ser medica, meu sonho sempre foi ser professora e dar aula de biologia em uma grande escola, mais mamãe disse que isso é bobagem, que professores não tem um bom salário e que medicina combina mais comigo então aceitei meu destino pois eu devo isso a ela. Meu pai nos abandonou quando eu era pequena, minha mãe diz que ele não aguentava meus choros e foi embora e que ela sacrificou a vida dela para me criar então agora tenho que retribuir sendo uma grande médica para lhe proporcionar uma velhice confortável, quando ela me disse isso pela milésima vez descidi não reclamar e apenas concordei e decidi aceitar a ideia de ser medica mesmo que isso não seja meu sonho, mais pelomenos poderei salvar vidas não é.

Quando chego na escola vou direto para a sala de aula e assim que entro na mesma vou direto para meu lugar que é na primeira carteira perto da janela. Assim que me sento o sinal toca e os alunos começam a entrar na sala, quando todos já estão em seus lugares nosso professor de matemática chega e já manda todos fazerem silêncio, em seguida ele faz a chamada e quando termina começa a entregar as provas.

[...]

Cerca de quarenta minutos depois termino minha prova primeiro que todos, então me levanto e vou entregar a mesma para o professor que sorri pegando a prova das minhas mãos e já começa a corrigi-la, então volto para a minha mesa e como temos aula dupla de matemática descido fazer alguns dos exercícios do livro para já ir adiantando para a próxima aula. Aos poucos os outros alunos vão entregando suas provas e os minutos vão se passando até que o professor pede para que todos entreguem suas provas pois o sinal já irá tocar.

_ meus parabéns Lia, você como sempre tirou dez - fala assim que o sinal toca

Lia: obrigado professor - falo envergonhada pois ele disse isso na frente de todos

Assim que o professor de matemática sai da sala, o de geografia entra e já começa a fazer a chamada, depois vai até a lousa e começa a passar matéria nova mais como eu já tinha estudado isso sozinha em casa entendo fácil o que é para fazer. No final da aula dou graças a deus pois não como nada desde ontem no almoço e já estou quase desmaiando de fome, então pego minhas coisas e saio da sala junto com os outros alunos que saem do local conversando animados.

Antes de ir para o refeitório passo no banheiro e agradeço por não ter ninguém no local, então faço minhas necessidades e depois de lavar minhas mãos sigo até o refeitório, então pego minha refeição e quando estou indo até uma das mesas vazias Carla Wilson a garota mais bonita e popular da escola coloca o pé na minha frente, então acabo caindo de cara no prato de macarronada e todos começam a rir de mim.

Carla: presta mais atenção esquisita, você quase sujou meus sapatos - fala com cara de nojo

Noah: que coisa mais infantil Carla, você está aonde no maternal? - fala sério até me surprendeo pois ele nunca nem sequer olhou na minha cara - deixa que eu te ajudo Lia - fala se abaixando me deixando ainda mais surpresa

Carla: Noah o que você está fazendo? Levanta já daí - fala séria

Noah: Carla vai procurar o que fazer e suma da minha frente - fala e dessa vez riem da cara dela - vamos Lia eu vou ajudar você a se limpar

Assim que ele fala isso me ajuda a levantar, então coloca a bandeja toda suja nas mãos de Carla que olha pasma para ele, em seguida ele segura uma das minhas mãos e sai me arrastando para fora do refeitório. Noah me leva até o banheiro e me deixa ainda mais surpresa quando entra no local comigo e começa a limpar meu rosto, mais como fico muito envergonhada digo que posso fazer isso sozinha, então ele caminha até a porta do banheiro e diz que já volta.

Começo a me limpar sozinha e assim que termino tento tirar a mancha do meu uniforme, mais como não consigo descido ficar assim mesmo e quando me preparo para sair do banheiro Noah entra no local trazendo um novo uniforme, então ele me entrega e diz que foi até a sala dos professores e disse o que ocorreu entao um dos professores me emprestou um novo uniforme limpo.

Noah: vá se vestir logo Lia, eu tô com fome e logo temos que ir para a aula - fala me direcionando para uma das cabines do banheiro, então entro na mesma e troco meu uniforme

Lia: obrigado por estar me ajudando - falo de cabeça baixa assim que saio da cabine já vestida

Noah: não precisa me agrade, mais se quiser fazer isso vamos logo até a cantina que eu estou morrendo de fome - fala novamente pegando na minha mão em seguida começa a me arrastar até o local e vários alunos começam a nos olhar - o que foi? - pergunta quando puxo minha mão

Lia: estão todos nós olhando, não quero te envergonhar - falo de cabeça baixa

Noah: para com isso, esses bando de fofoqueiros é que deveriam se envergonhar - fala pegando na minha mão novamente

Assim que chegamos na cantina Noah comprou lanches e refrigerantes para nós dois em seguida nos sentamos em uma mesa para comer, então começei a comer de cabeça baixa pois Noah é o garoto maus popular da escola, ele nunca nem sequer olhou na minha cara e agora está aqui ao meu lado sendo gentil comigo, isso não está certo. Quando terminamos de comer o sinal tocou então me levantei para jogar o lixo fora e irá para a sala, mais Noah novamente agiu estranho e disse que faria isso e depois me acompanhou até minha sala sendo que a dele fica do outro lado da escola, sério esse garoto não está bem.

O fruto de uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora