Herói

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Os dias se passaram e eu estava estava cada vez mais acostumada com aquelas pessoas

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Os dias se passaram e eu estava estava cada vez mais acostumada com aquelas pessoas. Na sala da casa em Velaris, o clima começava a esfriar e a lareira é ligada para todos, que bebiam em comemoração ao sucesso das nossas missões, até agora.

Sentada em uma poltrona próximo ao fogo, eu me aquecia com uma mantinha jogada nos ombros, enquanto olhava as chamas consumirem um pedaço de carvão em brasa que caiu desfazendo a lenha arrumada.

Tínhamos encontrado duas partes do caldeirão e faltava apenas uma. Olhei os meus braços tatuado e lembrei do acordo mágico que fizemos, onde Rhys deveria me mandar para casa. Eu me questionava: Será que eu ainda queria voltar?

Olhava a todos bebendo e se divertido, rindo das histórias que eram contadas e das lembranças de séculos de aventuras. Cassian agora dramatizava a minha saída triunfal de dentro do Bagazu, que ele já contara cinco vezes desde aquele dia.

Eles parecem tão felizes em seu pequeno círculo, tão felizes ao lado de quem realmente importa. Entristeço ao pensar uma realidade óbvia, eu não pertenço a esse mundo e o que me deixa mais triste, eu não pertenço a essa família. Eu sabia exatamente o que me esperaria quando chegasse em casa, solidão, tristeza, talvez até uma morte eminente. A única família que eu tinha havia feito uma emboscada para mim, uma tentativa de homicídio no meio da rua. Seria assim o meu fim?
Respirei fundo e busquei o suco de uva sobre a mesa de apoio ao lado da poltrona, segundo Cassian era pra que eu não me sentisse tão diferente dos outros que tomavam vinho, e no caso de Amren, seu cálice de sangue fresco.

Os artefatos brilhavam sobre a mesa da sala, um brilho sutil, mas magnético, principalmente para mim que volta e meia era atraído por qualquer feixe de luz que batia no metal e refletia diretamente nos meus olhos. Aquele feixe de luz começou a me irritar, então me levantei e fui até a sacada levando a minha manta. A noite estava bonita, então mirei a cidade. Uma cascata de estrelas se derramava sobre o céu e eu suspirei admirando tanta beleza.

- Você está bem? - Rhys aparece do meu lado. Os olhos púrpura tão gentis, de uma forma que estava bastante comum ultimamente.

Desde nosso último encontro na banheira do meu quarto, eu decidi me distanciar mais dele. Novamente aquele sentimento que me apertava o coração e me deixava confusa crescia cada vez mais dentro de mim. Ele até tentou, mas senti que respeitou o meu espaço e não forçou nada desde então.

Medo, eu tinha medo de gostar dele.

- Sim, estou bem! Um pouco cansada. Acho que é sono acumulado.

- Quer que eu te acompanhe até o seu quarto? Precisa descansar, logo nós começaremos o preparativo para a nova missão.

- Despois que eu voltar da primaveril, você quer dizer? - Tomeu um impulso e sentei no parapeito, sentindo as mãos dele me ajudarem. Peguei a manta e cobri os ombros.

- Isso - Rhysand suspirou e pareceu um pouco irritado.

- Eu não entendo por que ele quer tanto que eu fique uma semana com ele, que coisa de gente babaca.

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