Casa

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Na frente de casa nós nos despedimentos dos que ficariam

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Na frente de casa nós nos despedimentos dos que ficariam. Já era tardinha eu via o sol baixar tentando acalmar o coração. Eu respirava fundo pensando em como seria voltar para casa depois de tantos meses.

Será que o tempo passou na mesma velocidade? Como estaria Nana, a minha governanta? E a Empresa?

- Está pronta? - Azriel me pergunta ao se posicionar ao meu lado arrumando sua adaga na bainha. Olhei para ele direito e percebi que ele estava sem as asas e que as orelhas haviam sumido.

- Az, Você é um humano? - Eu sorri ao notá-lo tão lindo.

- Eu não sei como estou.

- Confia em mim, está lindo - Toquei em seu rosto com carinho e arrumei o seu cabelo, ficando na ponta do pé enquanto ele se inclinou para que eu pudesse alcançá-lo.

Rhys se posiciona ao meu lado também, mas não fala comigo. seu rosto é sério e ele encara o horizonte, nitidamente evitando contato. Há dias estamos assim, virando a cara um para o outro. Mas confesso que depois da conversa com Cassian eu estava mais inclinada a perdoá-lo.

Nós desaparecemos juntos e reaparecemos no meio da estrada, onde meu carro foi atingido. Olhei ao redor e reconheci o caminho que meu pai costumava me levar para a escola no seu carro bonito. Olhei para o outro lado e vi o topo de alguns arranha-céus. Casa! Eu estava em casa! Segurei o choro, forte, muito forte e comecei a andar.

- Para onde estamos indo? - Rhys finalmente fala comigo, mas eu nem viro para responder.

- Vamos para a minha casa. Precisamos mudar essas roupas. Não importa o quanto humanos pareçam, se estiverem vestindo os trajes Illirianos chamarão muita atenção.

Caminhamos por uns 3 quilômetros na estrada, até avistarmos um carro e Rhys tentar me proteger me colocando para trás dele.

- Pelo caldeirão!!! - Ele se assustou, arregalando os olhos e se colocando na minha frente para enfrentar o monstro de ferro que se aproximava.

- É um carro, pateta!

Falo e saio das costas dele, me posicionando na beira estrada, faço sinal de carona e por sorte ele para. Uma senhorinha fofa dirige uma caminhonete e para assim que nos vê.

- Vocês estão indo pra cidade? - Arruma os óculos fundo de garrafa no rosto, como se quisesse nos ver melhor.

- Sim, Senhora! Será que poderia nos dar uma carona?

Ela concordou, porém Rhys não quer entrar, mas eu o obrigo, empurrando ele para dentro. Empurro com força seu peito e ele cai dentro do carro me levando junto para cima dele. Nossos olhos se encontram e eu me deparo com aquelas iris púrpura entristecida, que cortam o meu coração. Eu levanto apressada me desculpado e ele tão sem graça quanto eu se senta limpando a garganta.

Fomos os dois sentados atrás, enquanto Az vai na caçamba por causa das asas. Mesmo não podendo ver, elas estavam lá.

A senhorinha seguiu para o meu endereço enquanto nos fazia diversas perguntas. Sobre nossas roupas, nossos trabalhos, até questionar se éramos namorados.

Olhos púrpuraOnde histórias criam vida. Descubra agora