Jemma- A chefe da máfia

O que é essa sensação?

Frajola:...

Desço as escadas atrás da mãe Emma, vamos em direção a cozinha, ela caminha calmamente e eu caminho a sua frente, quando chegamos na cozinha, ela se vira e abre a geladeira, eu subo no balcão e fico a observando mexer na geladeira, de lá ela retira dois peixes já limpos e cortados em filés, ela também pega um pacote de sachê sabor peixe, coloca tudo em uma tigela que elas pegaram no tal pet shop onde pegaram essa minha coleira, acho que é assim que se chama esse negócio no meu pescoço.

E- Aqui Frajola, você está merecendo. - Ela pega a tigela e coloca em cima do balcão mesmo, pensei que ela fosse reclamar por eu estar aqui.

A olho agradecido e então, volto toda a minha atenção para a tigela de comida e a devoro com delicadeza, animal sim, gato também, mas mal educado jamais, meu Deus, isso é tão gostoso, esse sachê é uma delícia, digo o mesmo do peixe, tudo que eu comia antes naquele lugar eram minhas caças e quando eu não conseguia pegar nada ficava com fome mesmo e me contentava só com água, ainda tinha vezes em que humanos nada legais apareciam por lá e-

E - Parece que gostou do peixe e do sachê, certo pequenino? Vou adicionar a lista para comprar mais depois. - Emma diz isso me acariciando, afastando qualquer pensamento horrível que eu fosse ter naquele momento.

Novamente não pude evitar ronronar, afinal essa humana parece tão fria, mas ao mesmo tempo é uma pessoa incrível, só parece não saber lidar com seus sentimentos e, bem, isso faz com que ela pareça tão fria, grossa, arrogante, má entre outras coisas negativas, ela pode ser tudo, menos um monstro, um monstro jamais teria pegado um gato como eu, de rua como dizem os humanos, sujo e acima de tudo horrível por ter uma pupila maior que a outra, mas se eles soubessem, mas a se eles soubessem, só tenho a agradecer Emma e Jenna, nunca havia recebido tanto carinho após ser separado de minha mãe.

Acabo de comer e olho para ela enquanto lambo meus beiços, isso estava realmente muito bom, Emma parece distante e meio preocupada, em que ela está pensando? Bem, não sei, mas não parece nada bom.

F- Meow? - Mãe?

Consigo atrair sua atenção e ela me olha confusa, porém logo retoma a pose de não demonstrar os sentimentos, faço sinais com a cabeça de lado, e tento puxar sua mão, assim a chamando para ir comigo até a sala, depois de muito tentar, consigo finalmente fazê-la entender e ela recusa.

E- Você quer que eu vá para a sala? Só pode estar louco.

F- Meow! - Louca é você!

Olho para ela com cara de deboche, aprendi com a mamãe Jenna.

E- Por que eu estou discutindo com um gato?

F- Meow naum, meow.- Um gato não, o gato.

Ela acha que eu sou um gato qualquer? Nada disso, sou um lindo gato preto e branco, com muita carisma, quem ela pensa que é?

E- Tá, tá, você venceu, eu vou para a sala.

Emma:...

Não acredito que perdi a briga para um gato, que raiva, esse gato tem mais argumentos que eu e olha que ele só fala Meow e Naum, até onde eu sei, o Meow pode significar qualquer coisa e esse Naum, significa não, aparentemente, por que eu estou tentando entender a língua do gato? O pior é que ele está balançando a cauda confiante, como se fosse ele quem mandasse, sou quem mando nessa casa, não ele.