Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)

Capítulo 9

CONTEÚDO A SER REVISADO

Capítulo 9

Aélis

~Semanas depois~

Essa é a nossa última noite nessa imensa e maravilhosa ilha. Essa noite está estranhamente nostálgica e me deixando com uma sensação de aperto no coração, como se eu estivesse prestes a deixar para trás algo muito importante.

E talvez isso seja verdade...

Os momentos e experiências que pude obter enquanto estava aqui, foram realmente agradáveis. Tão bons que por um tempo, eu havia esquecido da crueldade do mundo lá fora. Eu esqueci o que havia acontecido comigo, que existem mais pessoas como o meu pai, que provavelmente há pessoas lá fora que nos querem mortos, e principalmente... eu esqueci como dói estar sozinha, e nada no mundo é capaz de substituir a paz que senti aqui dentro, mesmo com todos os desafios e tendo que treinar diariamente para ser forte o suficiente para o mundo lá fora.

Os momentos que passei com Miguel... os sentimentos que se afloraram ainda mais com o tempo, eu não quero deixar isso para trás. Quero guardar na minha lembrança o dia em que me deitei com ele na areia da praia e juntos observamos as estrelas. Não quero esquecer como ele me beijou naquela noite, os arrepios que senti, como meu corpo o desejou e como ele o possuiu.

Também não quero deixar para trás o almoço que fizemos, nós três, eu, Miguel e Tobias e como aquele foi provavelmente um dos dias mais divertidos da minha vida. Não quero esquecer como tomamos banho na água do mar, todos os três muito agitados e jogando água um no outro. Nem como durante a noite, jogamos um jogo de adivinha e eu ganhei todas com extrema facilidade.

E tem uma lembrança em especial... uma de quando eu fiquei sozinha naquela jardim... mas essa eu vou guardar apenas para mim, como um segredo que apenas eu e Miguel iremos compartilhar.

— Precisamos mesmo ficar nesse escuro? — Questiona Tobias afagando os próprios braços para se proteger do frio da noite.

Eu sorrio, me sentando no chão com as pernas cruzadas, nós três formando uma rodinha espaçosa. Estamos na sala, em meio a escuridão, sendo iluminados apenas pela luz fraca do luar que atravessa os vidros da casa, nos encontrando apenas para avisar que está ali.

O clima que isso nos trás, dessa luz fraca e azulada é tão... magnífica. Como se hoje a noite soubesse como meu coração se encontra por estar indo embora.

Eu suspiro, sorrindo fracamente para ele, apertando ainda mais o cobertor contra o meu corpo. Hoje estamos estranhamente... silenciosos. E há algo de confortável nisso, mas ao mesmo tempo é tão... perturbador.

— O que nós vamos fazer daqui para frente? — Tobias pergunta como quem não quer nada, mas eu sei que isso o atormenta.

O nosso futuro é bem incerto.