Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)

Capítulo 29

CONTEÚDO A SER REVISADO

Capítulo 29

Miguel

Olho ao redor, para as variadas estantes que expõem produtos baratos que a maioria pode precisar durante suas viagens. Eu passo por todas elas, indo diretamente para o balcão onde pego uma caixa de cigarros.

Fumar não é tão comum na minha vida quanto um dia já foi, durante a minha adolescência e as festas que eu participava, no entanto o meu estresse está subindo em um nível tão alto que eu já não sei mais o que fazer para me sentir mais calmo. Infelizmente não posso usar algo mais forte que isso, bebida e drogas estão fora do meu alcance quando eu tenho uma missão para pôr em dia e uma estrada longa e extensa à minha espera.

Estou em uma dessas pequenas lojas de conveniência de postos velhos de estrada. A minha cabeça está doendo. Não preciso dizer que passei a madrugada acordado para alguém notar que estou em um péssimo estado. E se esse fosse o único problema... se soubessem como a ausência de Angel, ou melhor, o fato dela ter fugido de mim, está me estressando, como um maldito parasita que se infiltra em sua pele e descansa sob ela, de vez em quando se rastejando em seus músculos, pronto para sugar suas energias e te deixar em um estado de miséria. É assim que estou me sentindo.

Pago pelo cigarro e estou prestes a sair quando ouço uma voz robótica falar no ponto localizado na minha orelha:

— "Fizemos uma busca por toda a zona sul e oeste. Não encontramos nenhum vestígio dela pelas estradas, postos, pousadas ou até motéis. Resolvemos fazer uma busca pelas cidades... mas desde a madrugada de ontem, ninguém com o nome de Angel ou Aélis se hospedou em algum hotel ou passou por essas cidades. Procuramos nos sistemas de transportes públicos, aeroportos e táxis, mas porra! Nada! É como se ela tivesse deixado de existir bem diante dos nossos olhos!" — Isaías diz de onde ele está e eu suspiro.

Sinto uma onda de frustração e ansiedade percorrer o meu corpo. Ele está certo, é como se ela tivesse desaparecido e nós não percebemos. Eu não percebi. Eu estava disposto a procurar por ela até o fim do mundo, mas as notícias que recebo não são nada animadoras. Me deixa numa encruzilhada que eu não sei ao certo o que fazer.

Quando saio da loja de conveniência com o cigarro aceso preso entre os lábios, um carro para no postinho. Lúcio, Caleb e Nathan descem do carro e Nathan começa a abastecê-lo. Lúcio encosta o quadril no carro e Caleb acena na minha direção.

Eu conheço esse carro. É o que meu pai emprestou para mim quando percebeu que a polícia estava ali para nos encurralar. A moto que eu pilotei durante toda a madrugada na minha busca por Angel e que me trouxe até aqui está encostada logo ao lado. Quando nos separamos para fazer a busca pelas estradas, eu decidi que queria ficar sozinha e peguei a moto que eles trouxeram com eles. O resto do grupo se dividiu em dois. Três ficaram com o carro do meu pai e três ficaram com o carro que roubaram assim que pousaram no Canadá. A moto também foi roubada por eles, o que me surpreende, pois a moto é boa o bastante para eu comparar com a que eu deixei no Brasil, que era a minha favorita.