Capítulo 54

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CONTEÚDO A SER REVISADO






Capítulo 54


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Miguel



A casa é de uma madeira escura. Por fora ela parece gigante e espaçosa, mas ao adentrar percebo que é mais cômoda do que eu pensava. Há vários móveis. A casa exala uma vibe de casa da vovó, não que eu já tenha tido uma, mas imagino que casa de vovó tenha essa aparência e esse cheiro doce de conforto.

Angel subiu as escadas, estava procurando por algo. Continuei no andar de baixo, a minha atenção presa na janela que dava a uma vista do lago. O tempo está se fechando mais rápido do que esperado. A neve está cobrindo todo o chão, formando um branco sem fim. As pontas das árvores também estão salpicadas com branco.

Ouço Angel me chamar do andar de cima, e eu logo subo as escadas, procurando de onde vem a sua voz. Há uma porta aberta à minha direita. Angel está lá dentro, virada de costas para mim, se inclinando contra uma enorme janela, observando a paisagem lá fora. Seu nariz e mãos estão esparramados no vidro.

Eu me aproximo em silêncio, parando ao lado da porta. Do lado dela tem uma hidromassagem da mesma madeira escura que todo o resto da casa. Ela é grande e espaçosa. Está cheia de água limpa borbulhando. Do lado esquerdo do pequeno cômodo há um armário e uma pia.

Minha visão se volta mais uma vez para Angel. Imagino o porquê de ela ter me chamado para cá.

Observo-a por alguns instantes. Estamos usando roupas comuns demais. Ela de calça jeans clara e uma camiseta curta da cor vermelha e uma jaqueta jeans, como uma pessoa comum. Eu de calças pretas e uma camiseta branca de manga curta. Também como uma pessoa comum.

É tão estranho nos ver assim. Sempre pareciamos prontos para enfrentar qualquer coisa e lutar. Agora somos só... dois jovens.

Lembro das palavras do meu pai sobre eu encontrar o lugar que eu preciso. Ele também disse que suas portas estariam abertas para receber tanto a mim quanto a Angel. Por um segundo, me permito nos imaginar como dois jovens como qualquer outro, sem todo o caos que nos rodeia.

Como seria se seus pais não tivessem a traumatizado tanto? Como seriam se ao invés de a machucar, eles tivessem cuidado e protegido ela? E se eu não fosse "diferente" como todos costumam dizer que sou? E se tivéssemos nos conhecido de forma menos barulhenta? E se...?

O "e se" não aconteceu e não há nada para mudar isso. Não dá para pedir para fazermos silêncio quando barulho é tudo com o que estamos acostumados.

Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)Onde histórias criam vida. Descubra agora