Capítulo 46

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Capítulo 46

Tradução: "Merda, que merda aconteceu comigo?"

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Tradução: "Merda, que merda aconteceu comigo?"

Miguel

Estou em um lugar absurdamente escuro. Sei disso porque não consigo ver nada, nada além da escuridão. Uma parte de mim entra em desespero, meus olhos estão abertos, tenho certeza disso agora, e o fato de não enxergar me faz pensar em tudo o que pode ter acontecido; a explosão pode ter me deixado cego, talvez tenha uma venda em meus olhos e eu tenha sido sequestrado.

Qual a pior?

Esse desespero vai se dissipando quando meus olhos vão se acostumando com a escuridão e eu olho para a minha direita, vendo uma faixa de luz. Mais alguns segundos e eu noto que a luz está vindo da janela, clareando minimamente o cômodo em que estou.

Está de noite, vejo uma lua grande e amarela do lado de fora. Dentro do cômodo, vejo um relógio de dois ponteiros no alto da parede escura. O som familiar "tique-taque" me lembra do que eu estava ouvindo antes de abrir os olhos e logo associo o som ao relógio. Mais perto de mim, ouço o som da goteira e a procuro com os olhos, sentindo a minha cabeça doer com o movimento. Há um frasco pequeno ligado por tubos, onde gotas de um líquido transparente passa de cima para baixo. Soro.

Estou em um hospital?

Tento levantar a minha cabeça para ver o estado em que estou, mas todo o meu corpo dói com o movimento e eu desisto. Pelo menos estou vivo. Consigo lembrar, mais do que deveria, do momento da explosão. Senti uma onda de adrenalina atravessando o meu corpo. Lembro que do outro lado de onde eu estava, na entrada do esconderijo, estava Angel usando uma máscara como os homens que trabalham para Marcus usavam naquele dia. Lembro que cobri meu rosto com meu braço esquerdo enquanto tentava me afastar da explosão. Acho que não deu certo; não lembro de mais nada depois disso.

— Onde é que ela está? Será que está bem? — Questiono com a voz fraca, sentindo o meu coração se apertar com o pensamento de que algo tenha acontecido com ela.

— Acho que tem coisas piores para você se preocupar do que o estado de sua namoradinha. — Uma voz masculina e desconhecida.

Arregalo os olhos e prendo a respiração. O seu tom de voz é ríspido e debochado.

Tem alguém aqui...

Levanto a minha cabeça, ignorando a dor latente em meu corpo. Ergo uma sobrancelha. Há um homem mais velho, na casa dos quarenta anos, com uma farda que eu conheço como a da polícia, inclinado contra a batente da porta do cômodo em que estou.

Olho ao redor. Definitivamente estou em um quarto de hospital. O homem sorri e eu me deito de volta na cama com um suspiro pesaroso.

Um policial estar aqui só pode significar uma coisa... e não é algo bom.

Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)Onde histórias criam vida. Descubra agora