Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Angel
4 meses depois
Tobias se esfrega nas minhas pernas de um lado para o outro, encostando ocasionalmente seu rabo em mim.
Estou sentada de pernas cruzadas na minha cama. O meu notebook está sobre uma almofada nas minhas coxas e encaro ansiosamente a tela do dispositivo, atualizando o site da escola a todo instante.
A qualquer momento minhas notas podem aparecer e isso está me deixando agitada. Mal consegui dormir pensando nisso, se eu não me formar agora, vou ter que passar por isso tudo de novo e eu preferia morrer. Juro que não aguento mais um dia sequer tendo que ver aulas pelo notebook e fazer trabalhos e atividades que me sobrecarregam.
Click no botão de atualizar pela última vez e meu boletim aparece na tela. Um grito escapa pelos meus lábios quando vejo a opção de imprimir o meu certificado de conclusão do ensino médio. Eu dou outro gritinho de felicidade e fico de pé na cama, dando alguns pulinhos com Tobias em meu colo.
— Você passou? — Emma surge na porta do quarto e eu volto a me sentar, pegando o notebook para mostrar a tela para a mesma, sorrindo de orelha a orelha. — Parabéns! Angel, isso é ótimo! Nós temos que comemorar.
Eu assinto freneticamente, sem acreditar que esse pesadelo acabou, mas muito feliz com isso.
— Eu estou indo visitar Miguel. Você quer escrever alguma carta rapidinho sobre isso? — Ela sugere e eu salto da cama.
— É mesmo, eu quase ia esquecendo, espera só dois minutinhos. — Me sento na minha escrivaninha e escrevo uma carta curta para Miguel, apenas citando que estou formada no ensino médio e vou fazer uma viagem amanhã para alguma praia em comemoração com os garotos.
Pego as outras duas cartas que havia deixado separada e que escrevi nos últimos dias e entrego para Emma.
— Vamos, amor? — Pedro aparece na porta do meu quarto para chamar Emma que assente.
— Só estava parabenizando Angel. Ela está formada!
Ele ergue uma sobrancelha na minha direção. Eu sorrio sem graça.
— Parabéns. Vou fazer um jantar para nós três, para a gente comemorar. — Ele faz um joinha e eu o encaro um pouco receosa.
As únicas vezes em que o vi na cozinha, ele estava fazendo comidas genéricas, como pipoca, sanduíches e macarrão instantâneo. Nunca vi ele fazendo uma comida de verdade e não tenho certeza se acredito que ele saiba fazer uma comida de verdade.
