Coração Siciliano (Yoonmin)

Cap.3 🍋

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O pequeno híbrido corria com todas as suas forças.

O pequeno corpo estava ensopado da chuva e tremia de ranger os dentes, seus pés estavam doloridos, a falta da camisa que fora arrancada de si fazia muita falta no momento.

Havia chegado em uma avenida movimentada, mas todos que olhavam para o pequeno garoto passavam reto. Todos achavam que era mais um mendigo qualquer.

E por estar escuro, não conseguiam ver as orelhas felinas.

Com sua cauda enrolada na cintura e segurando a ponta da mesma, ele não deixava de chorar baixinho. Estava com medo e com dores. Só queria seu quartinho novamente. Se soubesse que o mundo fora do sótão fosse tão ruim, nunca teria desejado sair de lá.

Estava andando tão desorientado que não percebeu que atravessou a rua no sinal vermelho - claro, ele não sabia o que era aquilo e nem como funcionava.

Preso em seus pensamentos tristes, assustou-se com uma freiada brusca de um carro.

Com o susto acabou caindo no meio da rua. Começou a chorar mais ainda, seus soluços eram doidos e sofregos.

O dono do carro também se assustou, e logo saiu para ver se a pessoa tinha se machucado.

- Ô porra...ei você está bem? - a pessoa se aproximou um pouco mais e ficou surpresa ao ver as grandes orelhas felinas do garoto - Um híbrido - sussurrou.

Jimin estava com medo, agora tremia de pavor e não de frio.

- N-não machuca o J-Jimin - sua voz estava rouca de tanto que gritou.

- Ei, calma, está bem? Não irei te machucar - sorriu simpático para o garoto.

Jimin olhou atentamente para o homem a sua frente, não sabia se podia confiar nele.

Suas garras voltaram a crescer em defensiva, e o outro percebeu isso.

- Olha, deixa eu ajudar você? Está frio aqui e na minha casa tem cobertores quentinhos - falou manso e sorriu abertamente para passar confiança.

Jimin ao ver o sorriso do homem a sua frente, logo lembrou de um coelhinho, quis sorrir com aquilo, mas estava tão triste que não teve forças.

- E-eles...são fofinhos? - perguntou baixinho.

O outro sorriu com a pergunta - São fofinhos sim. Você quer vir comigo?

O moreno que estava a sua frente viu a hesitação em seus olhos. Sabia que alguma coisa tinha acontecido.

- Eu irei cuidar de você lobinho, confia em mim - tentou novamente e estendeu a mão.

O loirinho levantou lentamente suas mãos até pegar a do moreno, mas não deixando de guardar suas garras.

O moreno com cara de coelhinho sorriu para si.

Eles levantaram do asfalto e entraram no carro.

Atrás do veículo tinha um grande trânsito, nem perceberam as buzinas impacientes.