27 - Ai, mas que merda...

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PASSAR A noite de sexta com a família na verdade se revelou uma experiência muito agradável. Jennie meio que estava temendo aquilo, uma vez que se sentira feito uma estrangeira em meio a todos desde o dia em que voltou pra casa. Mas havia algo diferente naquela reunião. Talvez porque a tia estivesse em casa e portanto, recebesse boa parte da tenção. Ou porque Jisoo estivesse lá.

O talvez fosse apenas porque Jennie tivesse se obrigando a relaxar. Ao não precisar falar muito, ela não precisava se policiar relação a cada palavra que dizia. Não precisava se preocupar em deixar escapar algo sobre sua carreira de dançarina, a qual eles presumiam ter sido totalmente abandonada por causa do joelho dela.

O fato de não estar tão no limite de fato permitia a ela relaxar e, para sua surpresa, até mesmo se divertir.

Ela ainda estava ponderando sobre isso no dia seguinte, ao se lembrar do sorriso do pai quando ele falava sobre retornar ao trabalho em breve. Quando contou que tinha conversado com o irmão-que estava prestes a se aposentar - sobre ele ir trabalhar na confeitaria, Jennie começou a enxergar alguma luz em sua vida. Com mais um membro da família tomando parte nos negócios, a pressão para Jennie se envolver acabaria. Talvez ela pudesse retornar a algo como uma vida de verdade por conta própria.

Qualquer que fosse a decisão, permanecer em Chicago ou voltar para Nova York, continuar a vida de Stripper ou desistir dela, amar Lisa ou deixa-la ir... Ela sabia que não queria ser uma confeiteira durante muito tempo mais.

Lisa até tentou falar com ela algumas vezes no sábado, mas ela perdeu as ligações. Não intencionalmente. Na primeira vez, estava no banho, e na segunda estava esperando clientes na confeitaria. Assim que teve tempo para retornar as ligações, foi Lisa que não atendeu.

Ainda assim, não tendo falado com Lisa por mais de um dia, desde aquele momento tenso na rua quando ela havia percebido que Hoony havia descoberto a verdade sobre o relacionamento delas, ela estava um pouco nervosa. Ao seguir para o trabalho na Boate, Jennie procurou pelo carro de Lisa no estacionamento imediatamente, mas não o viu. Ela havia chegado cedo, provavelmente duas horas antes do horário necessário, e sabia que aquilo se devia à esperança de encontra-la lá.

__ Oi Ruby. - disse alguém, assim que ela entrou pela porta dos fundos.

__ Oi Namjoon. Como foi a semana?

O segurança deu de ombros, oferecendo a ela um de seu imensos sorrisos.

__ Colidi algumas cabeças, limpei o chão com um dos bêbados. Você sabe o de sempre.

Rindo ela começou a passar por ele.

No entanto, ele pôs uma das mãos no ombro dela e a impediu de prosseguir. Ele olhou para a enorme bolsa de lona que ela segurava, que estava cheia de roupas comuns e suprimentos.

__ Posso ajuda-la de alguma forma, Ruby? Carregar isto? Comprar seu jantar?

Ela balançou a cabeça.

__ Você é tão gentil, mas não, sério esta tudo certo. - O sujeito estava se desdobrando para cuidar dela desde a primeira noite de trabalho de Jennie. Se ele já tivesse passado uma cantada nela, ela suspeitaria que aquele cuidado todo se dava por ele estar interessado nela. Mas ele nunca foi nada, exceto um amigo legal, se não super protetor.

Ainda sorrindo enquanto seguia em direção ao seu camarim, Jennie percebeu o quanto se sentia confortável ali. A equipe da boate já era como uma segunda família. Namjoon e Jackson. Lia e as outras dançarinas. Todos eram pessoas com quem ela se importava, que pareciam se importar com ela.

Ela não queria desistir daquilo. E aquele era mais um motivo pelo qual ela não sabia como lidar com a aparente inabilidade de Lisa assistir à sua performance. Era como se, desde que elas se tornaram amantes, Lisa não gostasse que ela estivesse fazendo aquele trabalho.

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