Cafeteria

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No dia seguinte, estou na minha cafeteria preferida, o local está lotado, tem várias mesas marrons, o lugar está com cheiro delicioso de café, tem várias pessoas conversando, tomando café e comendo as guloseimas do cardápio.
O balcão tem uma vitrine, mostrando vários doces, bolos, tortas, pães doces, brownie, rosquinhas.

Era uma perdição para quem inventou de fazer dieta igual eu, na verdade, está sendo uma verdadeira tortura olhar todas essas gostosuras e não poder comer.

Quando a porta fora aberta, o sino pendurado soou fazendo todos se virarem para olhá-lo. Ele estava mais miserável do que eu recordava, parecia mais magro, fazendo eu chegar a conclusão que continua sem se alimentar, como se morrer de fome fosse resolver alguma coisa.

Seus cabelos pretos estão despenteados, suas roupas uma camiseta branca, uma calça jeans, um all star branco combinando com a camisa estão amassados, ele está destruído e não está mais fazendo questão de esconder isso.

Aceno com a mão, chamando sua atenção para onde estava sentada. Thales me encontrou começando a caminhar na minha direção. Mesmo estando deprimido, triste, com aparência miserável, o cara continua lindo.

Eu resolvi marcar um encontro na cafeteria para fazer a grande proposta. Estou com o cheque de duzentos mil reais na bolsa, resolvi colocar essa quantia caso precise de mais para outros gastos, o resto é um brinde para ele, caso aceite aguentar minha família maluca. Estou nervosa, ele é minha última esperança, pois caso rejeite vou está ferrada, vou ficar sem nenhuma opção.

- Oi. - Disse parando na minha frente.

- Oi. - Respondo sorrindo amigável. - Sente-se. - Falo mostrando a cadeira em frente a minha.

Thales fez o que eu tinha pedido, depois ficamos vários segundos num silêncio desconfortável. Eu fiquei mexendo com minhas mãos no meu colo por debaixo da mesa, tentando pensar no melhor jeito de iniciar aquela conversa insana e chegando a conclusão que não existe melhor jeito.

- Você me chamou aqui para ficar me olhando? - Ele perguntou ficando impaciente.

- Você é bonito demais, eu não conseguir resistir. - Digo no tom de brincadeira, mas com uma pontinha de verdade.

- Você me acha bonito? - Perguntou me dando um sorriso malicioso, se inclinando tanto na mesa, que fez nossos rostos ficarem próximos.

- Sai fora. - Digo nervosa, o empurrando levemente pelo o ombro.

Ele riu alto, voltando ao seu assento. Fazendo meu coração acelerar pela aproximação repentina, sinto meu rosto esquentar, mas consigo respirar fundo, me acalmando.

Nós tínhamos um jeito diferente de brincadeira agora? Nos aproximamos bastante nesses últimos dias isso não tinha como negar, mas o fato de estarmos brincando um com outro, a sensação de como a presença dele me acalma, me deixa a vontade, me faz bem, era uma coisa nova para mim.

- Falando sério você está muito calada, já estou ficando assustado. Quem é você e o que fez com a Gabrielle? - Ele perguntou ficando sério e cruzando os braços.

- Eu não falo tanto assim. - Digo fazendo beicinho e cruzando os braços também.

- Pior que fala, você consegue ser pior que uma matraca.

- Cala a boca. - Digo dando um cutucão no seu ombro, o fazendo gargalhar.

- Bom dia. - A garçonete falou se aproximando de nós. - O que vocês vão querer? - Perguntou nos entregando os cardápios.

Enquanto analisamos nossas opções, percebo que ela não tira os olhos dele, ela mordeu o lábio inferior, dando uma olhada nada discreta para os bíceps dele, depois contornou até onde conseguia enxergar voltando o olhar para o rosto dele, ela estava o comendo com os olhos.

Namorado de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora