Namorado de aluguel

Conversas

( Oie meus amores ❤️ tenho um aviso importante é sobre meus dias de postagens. A minha internet está ficando muito ruim, tem dias que fico sem mesmo. Então se chegar quarta e sábado e eu não postar é por falta de internet, se isso acontecer, vou postar quando ela voltar.
Boa leitura ❤️)

Nós ficamos calados, o pânico me dominando, pois não tínhamos ensaiado as perguntas.

Digamos que decidimos praticar só a parte do beijo, que foi ótimo por sinal.

Porém, pensar que a única coisa que o fez me beijar foi por eu ter pago, deixou um gosto amargo na minha boca.

Eu só quero que esse final de semana passe logo, não vou consegui suportar mais tempo sustentando essa mentira.

Thales percebendo que fiquei quieta, resolveu começar a contar a história que tinha um pouco de verdade.

- Nos conhecemos no bar. Eu estava triste, só queria beber para esquecer meus problemas.

- Que problema? - Bernardo perguntou entediado, como se aquela conversa fosse insignificante para ele.

Ele me olhou tentando capturar alguma reação de mim, eu apenas balanço a cabeça concordando que poderia contar sobre sua sobrinha.

- A minha sobrinha estava morrendo no hospital.

Todos ficaram espantados, alguns até deram gritinhos de surpresa, depois de vários olhares de penas destinados a ele, Thales resolveu continuar.

- Mas ela está bem e já está fora de perigo. - Acrescentou dissipando o clima pesado que tinha ficado. - Eu acabei a notando assim que entrei no bar. Ela dançava na pista de dança, um vestido curto vermelho, que valorizava suas curvas. - Disse me olhando intensamente. Como se tivesse me contanto seus pensamentos daquela noite. - Fiquei desanimado, quando percebi que ela estava olhando para um cara que estava no bar, parecia ser recíproco, então resolvi me distrair só na bebida.

- O que aconteceu depois? - Minha irmã perguntou curiosa.

- O cara preferiu uma outra mulher que estava dançando atrás dela.

Camila riu alto, fazendo todos se virarem para ela, que tossiu, tentando parar a crise de risos dela, fazendo eu ficar com tanta vergonha, que a minha única vontade era de sair correndo dali.

- Eu estou rindo, mas com respeito. - Falou me lançando desculpas com o olhar e depois voltou para Thales. - Continue.

- Resumindo, o cara me fez um favor, pois assim eu tive a sorte de ficar com a mulher mais linda e maravilhosa daquele lugar. - Disse beijando minha bochecha, fazendo as mulheres presentes suspirarem.

- Não era mais linda, já que o cara preferiu a outra. - Camila falou fazendo eu ter vontade de voar no pescoço dela.

Thales entreabriu a boca para me defender, porém alguém chegou primeiro.

- Se você não tem nada para falar Camila, então cala a boca. - Bernardo falou deixando todos surpresos pela grosseria dele. - Gabrielle é mais bonita que você.

- Cala a boca você, Bernardo. - Ela retorquiu tremendo de raiva. - Ninguém está falando com você, ela também não é sua mulher, então fica quieto aí.

Bernardo parecia furioso, ele queria dizer mais coisas, porém minha irmã o acalmou, cochichando algo que eu não pude escutar por causa da distância, ele balançou a cabeça positivamente e beijou o rosto dela.

O clima ficou pesado novamente, todos ficaram calados, depois de segundos que pareceram horas, meu pai bateu as mãos, se levantando do sofá.

- Vamos almoçar. Vou grelhar as carnes. - Disse animado. - Você sabe fazer churrasco rapaz? - Meu pai perguntou para Thales que sorriu concordando.

- Sim, meu pai me ensinou. - Thales respondeu com uma expressão saudosa, parece que sente falta do pai dele.

- Ótimo, venha me ajudar. - Meu pai o chamou, fazendo ele o seguir para o quintal.

Eu estava prestes a fazer o mesmo, quando sinto uma mão segurar meu braço.

Sinto todos os meus pêlos se arrepiarem apenas por esse simples toque. Olho para ver quem era, querendo morrer, pois era o Bernardo.

Pelo sorrisinho malicioso nos olhos lábios dele, deve ter percebido o efeito que causou em mim.

- Está com frio? - Disse aumentando mais o sorriso, pois sabia perfeitamente que não estava fazendo frio nenhum.

- O que você quer? - Pergunto tentando me desvencilhar, mas ele manteve sua mão firmemente no meu braço.

- Eu quero conversar. - Disse dando um passo na minha direção.

Como se quisesse me abraçar, porém eu dou alguns passos para trás, aumentando nossa distância, ele resolveu continuar.

- Você não sentiu falta de mim? Pois eu passei anos sem conseguir te esquecer. Você foi minha melhor amiga, passamos a maior parte da nossa adolescência juntos, depois você se afastou de mim e até hoje eu não sei o por quê.

- Por que está perguntando isso agora? Isso já faz anos.

- Por que eu ainda gosto de você. - Disse fazendo meu coração acelerar.

Entretanto, fico pensando que ele está falando sobre gostar da minha amizade, então meu coração se acalmou voltando aos batimentos normais, percebendo que eu não diria nada, resolveu acrescentar.

- Você era a única pessoa que eu podia passar horas conversando, a única que eu ansiava para passar doze horas do meu dia, a única que quando não estávamos juntos, eu passava contando cada minuto para encontrá-la. - Disse me olhando com tanta admiração, que já estava ficando impossível respirar direito.

Eu entreabrir a boca para dizer algo, mas nada saiu, então preferir permanecer quieta.

- Você era tudo para mim, minha amiga, minha confidente, minha colega de estudos, eu não conseguia mais viver minha vida sem estar ao seu lado.

Naquele momento, sinto meus olhos se encherem de lágrimas, era impossível ouvir tudo aquilo e não me emocionar.

- Ver você se afastando de mim foi horrível, parecia que eu não tinha mais sentido para viver, nada mais me importava, ficar longe de você me matava aos poucos, até hoje eu ainda sinto um vazio, um vazio de ter perdido uma das pessoas mais importantes da minha vida, um vazio por ter perdido você.

- A onde você quer chegar? - Eu pergunto agora já chorando.

- Na época eu não fazia a menor ideia, eu pensava que sabia distinguir meus sentimentos, eu descobrir tarde demais o que sentia de verdade. - Disse se aproximando de mim.

Dessa vez eu não conseguir recuar, não depois de ouvir aquilo tudo.

Bernardo aproveitou a oportunidade para passar os braços na minha cintura, nós estávamos a centímetros de distância.

Minhas pernas pareciam gelatinas, eu estou trêmula, confusa e com meu coração acelerado.

- O que você não sabia? - Eu pergunto num sussurro, nessa hora eu sequer tinha forças para falar.

- Eu não sabia que te...

- Estou interrompendo alguma coisa? - Thales perguntou nos encarando seriamente.