Conhecendo a família

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( Oi amores, tudo bem? Tenham uma ótima leitura. Quem quiser votar e comentar ❤️ vai me incentivar muito.)
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Bernardo percebendo minha reação, também desfez o sorriso dele.


Nós ficamos em silêncio, deixando um clima constrangedor.

Ele me olhou de cima a baixo, seus olhos pretos brilharam, como se tivesse aprovando o que estava vendo.


Qual era o problema dele?

Não lembro de uma única vez que tivesse me dado um olhar daqueles, estava me despindo com os olhos.

Isso não agradou nenhum pouco Thales, que começou a encarar Bernardo seriamente.

- Você está linda, Gabi. - Disse Bernardo me abraçando apertado.

Ele fez questão de ignorar o constrangimento que tinha se instalado.

A aproximação repentina deixou meu corpo tenso, porém meus músculos relaxaram depois de alguns segundos.

Sinto meu coração acelerar, só torço que ele não tenha sentido meus batimentos, seu cheiro não tinha mudado nada, era lavanda e algo cítrico.

Sinto mãos me separando de Bernardo. Vejo Thales com a mandíbula apertada, me puxando gentilmente para ele, depois colocou seu braço na minha cintura no gesto possessivo.

O olho envergonhada, pois por um momento tinha esquecido a presença dele e também percebo tardiamente que o abraço durou mais tempo que deveria.

- Minha namorada está sempre linda. - Falou sorrindo.

Mas dava para notar que era forçado, pois alegria não chegava aos seus olhos, que agora pareciam fuzilar Bernardo.

- Tem razão, ela é uma mulher linda, sempre foi na verdade. - Disse também forçando um sorriso.

Porém, parecia ser a primeira vez que tinha notado Thales, ele deu uma breve olhada no meu namorado e levantou uma das sobrancelhas, continuando.

- Qual é seu nome mesmo? Desculpa é que foi uma novidade para todos saberem do namoro. Antes nunca tínhamos ouvido falar de você ou pelo menos Gabi nunca o mencionou.

- Seria difícil minha namorada me mencionar para você, já que ela não fala contigo há muito tempo. - Disse dando um sorrisinho vitorioso.

Pois percebeu a expressão de Bernardo mudar de desdém para aborrecido, ele tinha tocado no assunto delicado e sabia disso.

- Vem, vamos para casa, todos estão ansiosos para verem vocês. - Meu cunhado falou começando a andar na nossa frente.

Quando ficou afastado o suficiente, resolvi encarar Thales incrédula.

- O que foi isso? - Falo chocada.

- Ele estava comendo você com os olhos, te elogiando, agindo com intimidade, praticamente me ignorou como se eu fosse invisível. -Disse com raiva. - Aquele abraço durou um minuto, ele ultrapassou o código dos homens bem na minha frente.

- Código dos homens? - Pergunto mais incrédula que antes.

- Nenhum homem pode dar em cima das minas dos outros na frente dele, isso ativa uma disputa entre nós, uma rivalidade, um desafio...

- Isso é a coisa mais ridícula que já ouvir. - Falo o interrompendo de continuar aquelas asneiras. - Eu não sou um prêmio a ser conquistado, eu sou uma mulher e não um troféu para uma disputa de testosterona. - Falo extremamente aborrecida.

- Isso é coisa de homem, você não entenderia de qualquer maneira. - Explicou bufando, ele está muito irritado e devo confessar que estou mais ainda com todas aquelas baboseiras. - Você está aqui comigo, estamos namorando e ver você ficando toda derretida por aquele cara não está ajudando.

- Eu não fiquei derretida por ele. - Digo cruzando os braços.

- Não, claro que não. - Disse sorrindo sem humor, me fazendo ter vontade de sentar minha mão na cara dele. - Se vamos fingir que estamos namorando preciso que foque em mim, não no noivo da sua irmã, se não, eu vou embora, pois não vejo o motivo para eu estar aqui.

- Tudo bem. - Respondo depois de respirar fundo. - Você tem razão, eu fiquei balançada quando o vi, eu ainda gosto dele, é difícil reencontrar uma pessoa que você nutriu sentimentos por tanto tempo e agir com indiferença.

- Peço desculpas também. - Falou me abraçando apertado, fazendo os resquícios de raiva que eu ainda tinha desaparecer. - Precisamos parar de brigar, ninguém vai acreditar que estamos apaixonados com você me olhando como se fosse me enforcar.

Eu acabo rindo com isso, a minha risada dissipou o clima tenso, aceno com a cabeça, ainda nos braços dele escuto seu coração acelerado, me deixando com dúvidas se foi pelo pequeno conflito entre os dois ou se foi pela minha aproximação.


~~~

O caminho para a casa da minha família, foi silenciosa, eu preferir sentar atrás com Thales, enquanto Bernardo ficou no banco da frente dirigindo.

Não demoramos muito para chegarmos, o quintal grande, com gramado, estava mais verde que eu recordava.

A casa grande, três andares, branca, com decoração moderna estava do mesmo jeito que eu lembrava.

Eu cresci nessa casa, voltar aqui me trouxe uma sensação nostálgica, vindo várias lembranças boas, mas também ruins, me trazendo vários sentimentos contraditórios.

- Um beijo pelo o seu pensamento. - Thales falou me dando um beijo na ponta do nariz, fazendo eu sorrir.

- Voltar aqui me deu nostalgia. - Respondo ainda mantendo um sorriso bobo.

- Seus pais resolveram manter a casa igual. - Bernardo falou se intrometendo na conversa.

- É, eu percebi. - Digo mais seca do que deveria.

Fico desconfortável o tratando dessa maneira, mas não posso deixar que se aproxime de mim.

Se um simples abraço mexeu comigo daquela maneira. Imagina se passarmos mais tempo juntos?

Sinto que não tenho controle sobre mim quando estou perto dele, acho que é melhor passar a evitá-lo, será melhor para nós dois.

Thales percebendo meu desconforto, segurou uma das minhas mãos, a beijando, depois me deu um sorriso lindo que foi impossível não retribuir.

Namorado de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora