Sorveteria

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( Oi amores, tudo bem? Comigo não 😔. Minha semana não está sendo nada boa desde de domingo 🤧. Se puderem comentar? Vou me sentir melhor, pois os comentários de vocês sempre me deixam felizes ❤️. Boa leitura.)

O médico ficou nos encarando seriamente, depois olhou para a prancheta, suspirou fundo, resolveu dizer, antes que tivéssemos um ataque cardíaco.


- A cirurgia foi um sucesso. Tinha vários riscos, porém a nossa pequena guerreira foi mais forte, ela está curada, nós a tiramos do coma induzido, mas ela precisa acordar sozinha, nesses casos demora alguns dias.


- Obrigada doutor, muito obrigada. - Minha irmã falou emocionada, dando um abraço nele, que ficou surpreso, mas correspondeu desajeitado.


- Obrigado doutor. - Digo estendendo a mão para que a aperte, ele aceitou o aperto de mãos, não demorou para seu nome ser anunciado em um dos altos falantes e ele foi embora.


- Eu estou começando a gostar mais da sua amiga. - Disse me esmagando num abraço de urso. - Desculpa se fiquei parecendo ingrata, mas não é fácil aceitar dinheiro nesses termos. Vai saber quais são as verdadeiras intenções dela? Mas não posso negar o quanto estou grata, o quanto vou ficar em dívida com ela para o resto da minha vida. Por favor, a convide para jantarmos juntos, quando a Jéssica for liberada.


- Claro mana. - Digo beijando o topo da cabeça dela. - Não acho que a Gabi vá querer abusar de mim, se bem que se quisesse, eu não me importaria.


- Que safado. - Ela disse me empurrando, rindo constrangida.


- Ela é bonita, inteligente, engraçada... - Eu resolvi me interromper, ficando surpreso por pensar tudo isso dela.


- Eu acho que você já está se apaixonando por ela. - Ela falou fazendo eu engolir em seco.


- Claro que não. - Eu respondo rápido demais. - Gabrielle é uma ótima amiga, ela me ouve, me dar conselhos, cuidou de mim quando passei mal no trabalho por causa da pressão baixa e agora salvou minha sobrinha. Como não vou gostar dessa mulher? - Falo ficando envergonhado pelo tom que isso soou, então eu acrescento rapidamente. - Como amiga é claro.


- Sei. - Minha irmã falou me dando uma piscadela. - Gosta dela como amiga. - Concluiu esboçando um sorriso malicioso.


Nesse momento, meu celular apitou, quando olho para a tela vejo uma mensagem da Gabi, um sorriso surgiu nos meus lábios inconscientemente. O que não passou despercebido pela minha irmã, que aumentou o sorriso cheio de malícia dela.


Oi, tudo bem? Sua sobrinha já fez a cirurgia? Como foi? Me responda quando ver. Estou aqui torcendo para que tudo tenha dado certo. Beijo.


- O que sua amiga falou? - Ela perguntou tentando olhar a tela por cima do meu ombro, porém eu erguer bem alto o celular, como ela é baixinha, mesmo pulando, não conseguiu alcançar. - Isso não é justo, você sempre fez isso, mesmo quando éramos crianças.


- Não tenho culpa de você ser sempre nanica. - Digo bagunçando mais ainda os cabelos dela.


- E você continua chato. - Disse se afastando de mim, ajeitando o ninho de pássaros do cabelo dela o máximo que pôde e ficou emburrada.


- Eu estava com saudades disso, fazia tempos que não agíamos assim feito irmãos, de ficar de brincadeira, tirar sarro um do outro, das nossas provocações. - Digo entregando o celular a ela, que pegou o aparelho rapidamente, fazendo um sorriso enorme, como uma criança que acabou de ganhar um doce.


- A vida foi ficando cada vez mais difícil, esses momentos eram quando estávamos sem problemas, que a nossa única preocupação era tirar dez nas matérias da escola, quando tínhamos nossos pais nos aturando. - Minha irmã respondeu desfazendo o sorriso. - Eu sinto falta deles.

Namorado de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora