O Lee e o Hwang me convidaram para sair de novo. Dessa vez para ir jantar ali perto e depois ir em um boliche. Mas eu não estava com disposição para isso não.
Eu só queria chegar em casa, fazer minha janta (ou talvez encomendar pizza) e ficar assistindo anime até o sono chegar.
— Ue, mas porquê? Tem de ir no supermercado de novo? — O garoto mais velho zoou.
— Simplesmente não to no mood pra sair de casa.
— Você nunca ta no mood pra sair de casa se não for eu arrastando você comigo! — Hyunjin reclamava e Felix só observava a situação segurando a risada.
— Saiam vocês os dois sozinhos de novo, pode ser que dê certo para você — Apontei com a cabeça para o de cabelos castanhos.
Os dois garotos na minha frente mudaram de cor e eu só apreciei a conversa em que o Hyun fingia que não sabia do que eu estava falando e o Lee se fazia de sonso perguntando o que eu tava querendo dizer.
— Quer carona pra casa?
Senti alguém parar atrás de mim e meus amigos pararam de falar. Me virei e encarei com Minho me olhando de lá de cima.
— Não precisa se importar com isso, hyung. Eu posso ir a pé — Disse tentando não soar rude. A verdade é que não queria ficar sozinho com ele em um veículo.
— Amais você estava com uma vontade tão grande de ir pra casa, porque não aproveita a boleia? Assim nem se cansa e chega mais rápido.
Viro minha cara para o Hyun e o vejo com aquele sorriso de "me lixou, ti lixei junto".
— E vocês até moram tão perto um do outro que nem dá trabalho pro Minho-hyung — O Lee mais novo soltou a frase se juntando à festa e ajudando seu cúmplice.
Arregalo meus olhos para ambos como forma de reprovação e me volto para encarar o mais velho.
— Eu vou com você então.
— Deixa eu ir só pegar minhas chaves — Ele se afasta, vai até ao computador pegar as chaves e fica conversando um pouco com seus dois amigos.
— Pra que foi isto, Jin?
— Não sei do que você fala — O maior deu de ombros e quando eu desvie meus olhos para o garoto loiro no seu lado, ele fez o mesmo gesto.
— Aish.. Vai ficar um clima mo estranho no carro — Reclamei com todas minhas forças.
— Porque ficaria um clima estranho no meu carro? — O Lee aparece do nada na conversa e coloca um braço apoiado no meu ombro.
Sinto minha cara esquentar um pouco e peço salvação com todas as expressões possíveis e me despeço dos dois garotos.
O caminho até ao veículo foi agradável. Acho que depois de eu falar que ia a viagem ia ser estranho ele estava tentando não me fazer ficar desconfortável com a situação.
Ele me abriu a porta do carro, o que eu achei muito gentil, contornou o veículo e entrou no lado do motorista.
— É melhor para de me olhar e colocar o cinto.
Sinto minha face enrubescer mais uma vez na presença do Lee e faço o que ele pediu. Encaro a estrada na minha frente e espero ele ligar o carro.
Oiço uma risada curta vinda da pessoa sentada do meu lado que fez meu corpo todo vibrar e arrancou um sorriso de meus lábios.
— Porque tá rindo? — Pergunto me virando para ele.
— Nada não.
Minho liga o veículo e começa realizando o trajeto até casa ainda rindo de quando em vez.
— Posso colocar música? — Quebro o silêncio que pairava dentro do carro.
— Ah, pode sim — Ele falou enquanto agarrava no volante só com uma mão — Isso ainda deve estar na minha playlist, se quiser pode tirar e colocar uma sua.
— Pode ficar na sua mesmo. Vou avaliar seu gosto musical.
Carrego no botão que o Lee me indicou e o pequeno ecrã liga. Uma melodia ecoa por todos os espaços do veículo e eu leio o nome da música. "Slow Down" de Chase Atlantic.
— Essa música é muito boa — Escuto o garoto do meu lado dizer.
— O ritmo é bem bom de escutar — Faço uma pausa para apreciar a música em silêncio — A letra é sobre o quê?
O Lee engasga com sua saliva e começa tossindo. Olho para ele enquanto ele se recompõe e espero uma resposta.
— Nada de revelante.
Murmuro um "Hum, ta" e continuo apreciando a música.
O curto período de tempo que faltava para chegarmos no prédio foi preenchido com mais uma pequena música que terminou assim que o maior estacionou o carro.
Retirei meu cinto quando o veículo parou e saí do mesmo. Esperei o Lee e assim que ele chegou junto de mim, andamos juntos até ao edifício.
Pegamos o elevador, sempre conversando sobre algum assunto aleatório que era puxado para a conversa por algum de nós dois.
Ele me deixou sair primeiro e eu agradeci.
Quando ambos chegamos na frente de nossos respetivos dormitórios, nos encaramos.
— Então até amanhã, Minho.
— Até logo, Han.
Me despedi com um aceno e entrei em casa. Fechei a porta nas minhas costas e corri no banheiro para tomar um duche rápido.
Meu corpo só cheirava a suor e eu prefiro meu incrível cheiro soft de baunilha.
Depois do duche fui até ao quarto onde me arrumei com roupas de ficar em casa, uma t shirt larga de uma banda e uns shorts pretos. Desfiz o que sobrava de minhas malas e organizei os espaços da casa com pequenos detalhes para parecer mais meu.
Voltei para a sala e me sentei no sofá. Estava escolhendo que pizza encomendaria para meu jantar quando oiço minha campainha tocando.
Checo as mensagens do Hyunjin - não vá ele se lembrar de aparecer aqui com o australiano - e não tenho nada de novo, sem ser os surtos que eu irei fingir que não li até ao dia de amanhã.
Me levanto e caminho pesadamente até à porta. Rodo a maçaneta e abro lentamente a porta tingida de branco.
— Será que eu posso jantar com você?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bad Habit || Minsung
أدب الهواةOnde Lee Minho se oferece pra ajudar um novato da sua universidade e fica viciado no jeito e cheiro do outro. ou Onde Han jisung aceita ajuda de um sênior da uni e, após algum tempo, encontra conforto no mesmo.