Capítulo 2

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Eu gosto de pensar que fui criada
Para um propósito especial
E bem, o que é mais especial do que você?
Você me entende?

Ego



Alina imaginou que tudo não passaria de um sonho quando voltasse para casa, mas Max a lembrava que era real todos os dias. Ele podia não respondê-la na hora, porém respondia. Eles trocavam mensagens em horários confusos. Percebeu muito tarde que era capaz de passar a noite acordada para ter um pouco mais de Max.

Ele era incrivelmente bem humorado. Dificilmente não ria de algo absurdo que ele dizia, ou de alguma comparação que qualquer um consideraria impensada.


Pense que o número dois é maior que o um!


Mandou a mensagem no fim da corrida, esperando ser o suficiente para fazê-lo rir. Não que estivesse chateado na frente das câmeras, mas perder não era bom. Alina jamais se consideraria competitiva e ainda assim se via detestando ficar para trás. Depois de tantas mensagens dizendo estar confiante na vitória, tudo mudara depressa.

Ela assistiu a corrida escondida no banheiro, ignorando as perguntas preocupadas da mãe.

Torceu com todas as forças para que ele vencesse.


Então acho que o mais sortudo foi o De Vries.


Ela sorriu, escondendo o celular rapidamente para voltar a si.

Pegou a bandeja cheia dos pratos pedidos e caminhou rapidamente até as mesas. Serviu a todos, agradecendo pela escolha de restaurante. O trabalho a mantinha ocupada, porque sua mente a lembrava que Max estava distante, porém perto o suficiente para lhe falar palavras bonitas. E eles eram só amigos.

— Come um pouquinho.

Sua mãe a serviu com um prato de frutos do mar.

Alina almoçou observando os movimentos caóticos da cozinha.


Diga que ele é o sortudo entre todos.
Imagina ser o número vinte!


Se eu fizer isso vão me chamar de mau caráter!


E quem vai ter a coragem de discordar?
20>1
Simples assim Max!


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