A ausência era capaz de aniquilar os corações mais fracos.
Os anos perdidos jamais voltariam porque o tempo era cruel e o passado imune ao arrependimento e perdão.
Lágrimas derramadas por jovens solitários, com anseio de amor verdadeiro, fidelidad...
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E eu assisti enquanto você fugia da cena Olhos de corça, enquanto você me enterrava Um coração partido, quatro mãos ensanguentadas
Favorite crime
Limpou o suor sem perder o ritmo. Queria chegar antes do jantar ser servido, pois desejava banhar-se antes de comer. Max passou por barracas solitárias na estrada e desejou ter qualquer euro para comprar água. Achava engraçado como preferia chorar a andar.
Os carros passavam rápidos, e alguns motoristas estranhavam a presença de um garoto tão jovem andando no encostamento. As chances de algum acidente acontecer eram grande, porém ninguém estava disposto a parar para saber o que acontecera.
Seus amigos voltariam em segurança para casa, mas ele precisava pagar o preço da derrota.
Um preço alto a pagar.
Seu pai levara o dinheiro que recebeu para comprar algumas boas bebidas. Max teve medo de pedir um novo jogo. Não podia se divertir como os outros. Se fosse o melhor ganharia uma boa noite de sono e notas amassadas.
Max parou por um momento, pensando na ideia de fugir de casa.
Ele só tinha nove anos, mas saberia se virar. Não encontraria um emprego rápido por causa da idade, porém tentaria ganhar algum dinheiro fazendo o que sabia fazer de melhor, competir. Deveria existir algum comercio ilegal que pudesse alimenta-lo. Ele sabia que havia um futuro muito bom esperando não tão distante.
Mudou o caminho que fazia, retornando para o kartódromo.
Seu pai teria que encontrar outro brinquedo para passar o tempo.
A esperança de Max desapareceu rapidamente quando pensou na irmã. Se não fosse ele, teria de ser ela. Não queria vê-la na mesma situação deplorável. Uma menina voltando para casa sozinha poderia causar terríveis memórias para ela.
Era melhor voltar e encarar a dura realidade que o esperava de braços abertos.
Ele odiava os pais. Os dois gritavam muito e quebravam objetos à noite. As conversas eram banais no jantar, mas ele preferia assim, porque poupava explicações para a irmã.
Chegara em casa tarde, logo após o jantar.
— Demorou. – ouviu o pai dizer desinteressado no cansaço do filho.
— Desculpe.
— Seja mais rápido.
Subiu para o quarto sentindo as pernas falharem.
Preferiu beber a água que saia da torneira do banheiro.
O banho precisou esperar até o dia seguinte, porque sentia-se exausto. Caiu na cama e apagou.