Capítulo 21

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Tem gente que amanhece com vocêTem gente que é o seu amanhecerTem gente que acontece e nada a verTem gente, e tem eu e você

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Tem gente que amanhece com você
Tem gente que é o seu amanhecer
Tem gente que acontece e nada a ver
Tem gente, e tem eu e você

Iguaria


A grade do seu primeiro semestre não a deixaria em grandes problemas no futuro, mas o resto sim. Ela não fazia ideia do que significava a maioria das palavras descritas, tendo que pesquisar na internet para não se sentir uma grande idiota. Estudar o que gostava não significava muito quando se entrava em universidades, e agora ela poderia dizer com propriedade que queria que o ano chegasse ao fim.

Entretanto, não aquele ano.

Ela estava brilhando como uma estrela cadente.

— Adivinhem o que estou vestindo!

Max olhou para Alonso esperando que falasse primeiro, porque não entendia nada de cultura pop. O espanhol colocou o dedo no queixo, refletindo sobre os motivos da sua única filha vestir algo mórbido em um dos países mais tropicais da América Latina. Ela certamente possuía uma explicação digna.

— O rei da Inglaterra morreu?

— Quem morreu foi à rainha. – Max corrigiu Fernando.

— Isso eu sei, mas ela está de preto e nasceu na Nova Zelândia, provavelmente o outro lá foi conhecer o Nelson Piquet!

— E o que o rei faria em Brasília?

— O inferno fica em Brasília?

— Do que estão falando?

— Da sua roupa. – Fernando a respondeu de maneira óbvia.

— Eu estou de Mortícia.

— Faz todo sentido. – Max moveu a cabeça em concordância – Eu já sabia essa, só queria fazer seu pai pensar.

— E continuo pensando, acredite.

— Uma querida da minha universidade cursa moda, e ela disse que essa roupa fazia parte de um dos desfiles dela, e quis me emprestar. O que acharam? Ela desenhou muitos modelos como inspiração a Mortícia. Uma mulher diabólica e amada.

— Bom o bastante pra Brasília. – Fernando sorriu – Ficou ótimo.

Alina não fazia ideia de onde ficava Brasília, e esperava que realmente fossem gostar, porque ela amou. O vestido não era convencional, passando longe dos modelos vistos no halloween. O tecido preto era fluido, tornando-se brilhante quando se movia, criando a ilusão que ela era uma deusa. A cintura fora muito bem costurada, dando a ela uma versão mais delicada de um corselet. No quadril o tecido fluía gloriosamente, com uma fenda generosa. E a melhor parte certamente ficava com o capuz. Alina amou a ideia do capuz, porque pareceria que estava pronta para um ritual.

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