Max

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Suas costas sob o SolDesejando que eu pudesse escrever meu nome nelasVocê vai ligar quando voltar para a escola?Lembro de pensar que eu te tinha

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Suas costas sob o Sol
Desejando que eu pudesse escrever meu nome nelas
Você vai ligar quando voltar para a escola?
Lembro de pensar que eu te tinha

August



— Bom dia, Max.

— Bom dia, professora.

Sentou-se com seus amigos nas últimas carteiras, sem deixar de olhar para a mochila bacana do seu amigo da frente. Ele gostava muito do Homem-Aranha também. Infelizmente seu pai não achava legal.

— Olha meu boneco novo. Irado! – mostrou para Max uma miniatura do Batman, com uma capa que não se movia e braços rígidos. Ele gostou muito. Quis um igual. – Eu trouxe o Super-Homem pra gente brincar na hora do recreio.

— Vamos colocar eles em cima do meu carro. Tipo pilotos.

— Heróis são heróis, Max. – respondeu, agindo como se Max fosse um bobo – Eles não dirigem. Só pessoas comuns fazem isso.

— Batman tem carro.

— Um carro morcego gigante! – riu animado – Mal posso esperar para ter um carro do Batman, pede para o seu pai.

— Vou pedir, ele vai me dar. Você vai ver.

Crianças de seis anos não deveriam saber tanto quanto Max.

Ele não gostava de aprender o que estava no quadro, pois sua letra era horrível e sua mãe sempre o obrigava a refazer depois do jantar, mesmo cansado do treino. Ela cheirava a cebolinhas, porque sua comida era cheia delas. Max gostava de cebolinhas.

Na hora do recreio Max era o primeiro a correr com os amigos, ele segurava seu carrinho de bombeiro favorito e colocava o Batman na parte de cima. Alguns dias sua mãe esquecia-se da merenda, mas ele tinha sorte em pegar alguns biscoitos e pedaços de sanduiches com os amigos.

Jos o buscava sempre na hora exata, porque Max precisava treinar no kart.

— Pai, posso ter um carro?

— Você vai ter, espere alguns anos.

— Meu amigo vai ter um carro do Batman e quero um.

— Isso é de criança, você vai ter um carro igual do seu pai. Muito melhor. Daqui uns anos esses ridículos vão comer na sua mão.

— Ninguém tem o carro do Batman. – insistiu esperançoso.

— Max, não começa! – mandou irritado, calando o filho.

Talvez sua mãe lhe desse. Ele só precisava melhorar a letra.

Max correu para casa quando o carro parou. Passou pela sala vendo Victoria brincando com suas bonecas.

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