A ausência era capaz de aniquilar os corações mais fracos.
Os anos perdidos jamais voltariam porque o tempo era cruel e o passado imune ao arrependimento e perdão.
Lágrimas derramadas por jovens solitários, com anseio de amor verdadeiro, fidelidad...
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E eu tenho a constituição de uma mãe, de uma máquina Eu entendo cada probleminha seu, sei o que você quer dizer E eu faço luz surgir das trevas Eu tenho o Sol na droga do meu bolso, acredite
All-american bitch
— Isso não se paga com euros. – Alina segurou as notas que Max ofereceu ao funcionário – Aqui usamos outra moeda.
— Dólar? – voltou a mexer na carteira – Saio com pelo menos cem dólares para emergência, porque nunca se sabe.
— Eu pago.
Alina tirou as notas do bolso de trás da calça e mostrou para Max como eram. Ele pegou um delas, desdobrando com cuidado.
— São dólares neozelandês. – explicou.
— Tem a cara da rainha.
— Somos independentes, mas ela faz parte.
— Sou ruim em geografia, não sabia.
— Isso é história, Max.
— Claro que seria, eu já sabia. – ele riu, achando graça do próprio erro, sem se importar com o olhar cheio de julgamento do funcionário que lhe estendia o milk-shake.
Era tão estranho saber que o idiota do Max Verstappen estava diante de si tomando um milk-shake de morango porque era seu favorito. Não conseguia assimilar tudo que estava sentindo, ou acreditar que ele havia viajado de tão longe para vê-la. Quando o viu parado no restaurante do avô quase teve uma epifania, porque sua mãe estava ali do lado, e ela havia assistido algumas corridas nos últimos dias.
A beleza dele era tão esmagadora e incomum. Não chegava perto dos galãs da televisão, mas isso não era o suficiente para diminuir a estranheza que sentia todas as vezes que ele a encarava. Sentia-se uma idiota, tanto quanto ele.
Como podia sentir atração por uma pessoa que bebia milk-shake daquele jeito? E de morango. Ela odiava morangos.
— Essa é a única praia que conheço. – contou, sem conseguir desviar o olhar do perfil de Max, ou beber o milk-shake que havia pedido.
— É uma praia bonita.
Whitianga conseguia ser bonita, mas jamais conseguiria competir com todos os lugares que ele já esteve antes. Alina não ficaria chateada com a verdade.
Havia pouco a se fazer naquele pequeno pedaço do mundo, extremamente distante do mundo real que todos viviam. Para Max podia ser insignificante, mas era tudo que Alina conhecia. Fora ali que seu pai a deixou, porque o mundo era um lugar incrível, e crianças não entendiam essa filosofia tão bem quanto os adultos.