Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
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Acordo pulando da cama, ontem acabei ainda sentindo os efeitos da medicação, que com certeza Tia Monike me deu, tomo um banho quente, assim que saio do box encaro o espelho embaçado apoiando as mãos na pia de mármore antes de realmente me encarar. Flashes do que aconteceu surgiram durante a noite, eu fui cruel, não lhe dei o benefício da dúvida, apenas a acusei e me entreguei a pensamentos intrusos onde Kalina ria de mim e do que eu sentia. Fui um demônio carniceiro que não ouviu a razão e se entregou apenas à loucura.
Passo a mão sobre o espelho encontrando apenas meu reflexo, vasculho por todos os lugares, mas ele não existe mais, aquele Taehyung que necessitava se esconder entre mentiras e sorrisos certamente em poucos dias ela o enviou para longe. Com a toalha enrolada na cintura, esfrego meu rosto e meus cabelos, não quero mexer neles, mas preciso aparar minha barba, alguns minutos depois sigo para o closet e quando fico pronto saio.
Descendo as escadas encontro todos ao meu redor.
— Bom dia. — Cumprimento todos e para minha surpresa tio Ícaro chegou de Roma com jimin e Roseane.
— Meu filho. — Ele se aproxima de mim, abraçando-me como sempre, uma grande montanha de músculos sentimental e cuidadosa.
— Isso que é recepção, até você e Roseane estão aqui, jimin — digo os cumprimentando também.
— Digamos que pude tirar uns dias e Rosé estava de férias. — Olho bem para os dois e sorrio, são cúmplices desde crianças e mesmo não sendo envolvidos neste mundo no qual nasceram, são família iguais a todos.
— Posso saber para onde vai assim todo lindo e cheiroso, primo? — Roseane me questiona abraçando-me.
— Indo para a Cidade do México buscar meu elo, se ficarem por aqui logo a conhecerão. — O olhar de todos agora parece estranho quando olho para o meu pai e percebo que existe algo.
— Taehyung. — Minha mãe tenta falar, mas não olho para ela, preciso que ele diga.
Com as mãos na cintura abaixo a cabeça tentando afastar todos os pensamentos que podem mantê-la longe, em negativa olho novamente para ele.
— Ela não quer vê-lo.
E boom, como um tiro a queima roupa sou transpassado pela dor.
— Repete. — Preciso ter certeza do que ouvi.
— Ela não quer te ver, está vivendo seu luto. — Arqueio a sobrancelha.
— Luto? — sondo curioso. — Algo aconteceu e pelo visto ninguém está disposto a me contar. Agora ouçam, EU NÃO VOU RECUAR, ONDE ESTÁ MINHA MULHER E POR QUE NO INFERNO ELA ESTÁ DE LUTO E NÃO QUER ME VER? — grito furioso.
— Houve um confronto e dona Cerina foi atingida. — O som das palavras do meu pai se distanciam, meus ouvidos parecem zumbir e a dor da perda me atinge.
