Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dois anos antes...
Estamos há quase um ano lutando de todas as formas para trabalhar com Kalina e sua mente, aquele filho da puta dos infernos destruiu sua sanidade quando a levou de mim. Não bastava as surras e o terror psicológico ele precisava também mutil*-la em uma.
O maldito pirata arrancou seu clitó*is fazendo com ela o mesmo que sua mãe sofreu, quando ainda tinha doze anos e o desgraçado a comprou. Foram anos de torturas e submissão, vendo tudo que ele fazia com ela, Kalina precisava de mim e eu demorei demais para chegar, hoje não durmo e levo uma vida de constante alerta.
Nesse curto período ela já tentou suicíd*o duas vezes, a primeira vez cortando os pulsos a encontrei com os olhos ansiando pelo fim, jogada no quarto quando saia do banho, a segunda vez foi quando por um descuido que meu ela tomou todos os seus remédios, passamos uma semana no hospital e agora estou aqui, velando novamente seu sono.
Tenho tentado de todas as formas lhe mostrar que ela não precisa morrer, que estamos juntos e que ao final de tudo isso encontraremos a paz que tanto anseia, mas nada parece trazê-la para a minha realidade.
Sorrio desse pensamento, muitas vezes acredito que nem eu esteja vivendo algo real, isso deve ser mais um de muitos universos paralelos em que minha mente passeia e vaga. Com toda maldita certeza a qualquer momento acordo e ainda me encontrarei com quinze anos, preso numa sala de espelhos quebrados, retalhados e que fracionam minha imagem e perturbam minha cabeça.
— Nunca dorme? — Sua voz contém decepção e um pouco de sono.
— Não. — Sinto meu corpo travar, não consigo me aproximar, ela sempre me repele.
— Não vou fazer nada. — Seus olhos nos meus parecem tentar garantir que suas palavras são verdadeiras, mas era verdade das outras vezes também.
— Preciso que fale comigo, que diga o motivo de tudo isso, lutamos pela sua vida, a cirurgia foi um sucesso, os médicos disseram que fisicamente em alguns meses estaria bem. — Seu sorriso de derrota me atinge.
— Quem sabe se algum dia arrancarem memórias eu possa tentar seguir em frente.
— Por que não se abre comigo?
— O que quer saber Taehyung? — Levanta-se com raiva se sentando na cama e me encarando com ódio, é sempre assim, ela não se abre, me afasta e já não é a mesma Kalina de antes, aquela que me dizia que queria tudo comigo.
— A verdade! Conte, fale. — Lembro das palavras de Lisa, sobre perguntar a ela se estava comigo por desejar ou por não ter mais para onde ir. — Por que está comigo? É seu desejo permanecer? Não precisa mais fugir, Kalina. Não sou o suficiente para você? Apenas diga, não vou surrá-la, pelo contrário, irei fazer de tudo para que tenha uma vida digna e feliz, ainda que seja longe de mim, só não existe a possibilidade de ver a mulher que amo definhando na minha frente e não fazer nada. — Minha voz não se altera, mas contém todo meu desespero.