Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
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É final de tarde enquanto me encaminho para o rio, há alguns dias não venho aqui, todas as gestantes tiveram seus bebês na virada da lua, passei a madrugada auxiliando vó Cerina, estou exausta e completamente dolorida pela tensão, foi a primeira vez que participei ativamente dessa vez.
O alaranjado do céu me traz paz, desço pela trilha que leva até a prainha, no momento em que meus pés a tocam sinto o desejo de olhar para o lado me assustando quando vejo o corpo boiando nas pedras da margem com a cabeça presa a alguns galhos, sem pensar me aproximo e arrastando seu corpo até a areia, verifico seu pulso, ele ainda está vivo.
- Droga! O que te aconteceu? - Claro que não obtenho resposta.
Puxo-o para areia e não sei como não foi mordido pelas piranhas do rio, ele tem marcas de machucados, mas com toda certeza não foi mordido por nenhum animal. Com esforço o puxo deixando-o completamente fora da água, corro para casa atrás de ajuda.
- Amaro! Amaro! - grito batendo em sua porta. - Amaro! Preciso de sua ajuda.
- Jennie, o que houve? - Sei que está cansado, mas preciso dele.
- Acabei de vir do rio, achei um homem machucado na margem e preciso de ajuda para tirá-lo de lá. - Ele jamais me questionaria, estamos falando de Amaro, a pessoa mais prestativa e cuidadosa de toda Cóbalos.
- Vou reunir alguns homens e vamos buscá-lo.
Minutos depois estamos caminhando com mais quatro homens, Caique, Marcus, Cruz e Hermes, eles são um tipo de soldados, ou digamos protetores da cidade. Correndo nos encaminhamos até lá e o forasteiro ainda se encontra no mesmo lugar.
- Vamos levá-lo - Amaro ordena e logo começam a carregá-lo.
Voltamos o mais rápido que podemos, por algum motivo existe uma preocupação em mim que não sei explicar.
- Vamos levá-lo até a casa de vó Cerina - Amaro indica se direcionando para lá.
- Não! Levem-no à minha casa. - Amaro me olha surpreso e desconfiado, mas não questiona minha decisão.
Passo à sua frente a passos largos, quase correndo, abrindo a porta que vive destrancada e indo ao quarto de hóspedes que tenho aqui.
- Precisaremos dar-lhe um banho de ervas para que se limpe e se cure - informo seguindo para a banheira que usamos aqui, apenas na nossa casa e na casa de vó Cerina existe uma dessas, usamos para banhos específicos e para proteção dos nossos corpos.
- Jennie, o que está fazendo? - Segura meu braço, sei que seu questionamento se dá pela intimidade do ato, os grandes espíritos nos ensinam sobre isso, mas por algum motivo quero dividi-lo com o homem desmaiado que agora repousa na cama.
- Confie em mim, Amaro, sei o que estou fazendo. - A verdade é que não sei, mas apenas sinto que é isso que deve ser feito.
- Eu o banho. - Olho para ele sem entender o motivo de atravessar minhas decisões e ele vê o questionamento em meu rosto. - Ele é homem, então recue. - Amaro não costuma exigir ou ordenar nada, e por estarmos na frente de seus amigos jamais iria contra sua autoridade.