Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
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Abro meus olhos sentindo a claridade invadir o quarto onde estou, quinze dias se passaram, já consigo caminhar sem sentir dor, todos que vem aqui parecem entender que eu e Jennie temos algo. Olho em volta e estou em sua cama, algo que mudou depois da noite em que a vi conversar com Amaro, quase o assassinei, só não o fiz por que uma força me manteve com os pés fincados no chão. Não dá para desconsiderar os tais espíritos antigos que Jennie fala constantemente, minha mente gritava para derramar seu sangue, mas meu corpo não se movia.
Outra coisa que constato é que nenhum sonho, nenhuma lembrança ruim me atingiu depois disso, logo que ela passou a dormir ao meu lado.
Minha mente ainda grita que posso estar na sala de espelhos, suplico a qualquer que seja o ser superior que exista e reja esse universo que não acorde lá, mantenho minha mente alerta. Jennie pode ser linda, se encaixar perfeitamente em mim, mas ela ainda pode ser uma cobra, sinto que nada do que fale ou haja a faz se afastar, ela me desafia com o olhar, assim como eu faço com ela, com certeza quando tudo isso acabar por que sei que vai, restará devastação em mim, ainda mais do que quando Kalina me mostrou quem era e seus reais motivos de me manter por perto.
Suspiro, cansado, não irei permitir que Jennie tenha esse poder sobre mim, nunca, jamais.
Saio da cama seguindo direto para o banheiro, assim que saio de lá vou até a cozinha, e a vejo finalizar o café da manhã, a mesa está como todos os dias, posta.
— Bom dia.
— Bom dia, Pequena. — Beijo sua cabeça.
— Carinhoso, forasteiro.
— Apenas cumprimentando, não é porque irá acabar que não posso ser alguém agradável.
— Bem, enquanto não acaba o que sabemos que vai ocorrer, quero levá-lo a um lugar — avisa sentando-se à mesa.
— E onde seria esse lugar?
— Segredo. Coma e vamos — ordena segura de si.
— Hoje não irão precisar de nós nos afazeres da comunidade? — questiono por que estamos a alguns dias auxiliando Amaro e vó Cerina, preciso confessar que já não tenho desejo de assassiná-lo, a verdade é que desejo fazer isso com qualquer um que se aproxime dela, e mesmo que enfie em minha mente maldita e distorcida que ela é uma farsa, meu coração burro e idiota parece não estar nem um pouco ligando.
Após o café, saímos, ela me entrega uma mochila e eu carrego pelo meio do caminho em que nos direciona, saímos da cidade e nos enfiamos na mata quase fechada, onde uma trilha se apresenta a nós. Caminhamos por quase duas horas até que decido cutucar.
— Falta muito?
— Não, na próxima curva chegaremos.
— Está tentando me levar para longe e me jogar de volta ao rio? — sondo quase sorrindo.