Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
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Abro meus olhos e percebo que já anoiteceu, sinto-me melhor que ontem, todos os dias é uma melhora, já consigo andar, coisa que não fazia até uma semana atrás. Como todas as vezes aliso minha barriga e sorrio, meu milagre está aqui, meu mini Taehyung, peço aos espíritos antigos que o traga parecido com o pai, com olhos azuis e tão forte quanto. Sinto que estou sendo observada, então vasculho o quarto e na poltrona do canto tem uma mulher linda, com longos cabelos pretos e um sorriso enorme nos lábios.
Sinto-me pequena, intimidada, mesmo que seu semblante seja leve.
— Não precisa se encolher, me chamo Malina, sou a mãe do Taehyung. — Quando ouço seu nome meu coração acelera e o ar parece me faltar.
— Ele está bem? — sondo e sua feição muda de forma instantânea.
— Sofrendo por você, sentindo sua falta. — Não consigo conter o choro que escapa.
— Não chore, tudo vai ficar bem. — Caminha até mim, deixando sua bolsa onde estava.
— Sinto tanto por tê-lo feito sofrer, temos tanto para conversar, estava indo até ele, sabia que não conseguiria mais ficar longe, até que o que já estava ruim ficou pior, eu vi a morte de perto, ela quase beijou meu rosto, mas a imagem de Taehyung sorrindo para mim estendendo sua mão para que eu a pegasse foi mais forte que sua vontade de coletar minha alma. Eu o escolhi e o escolheria por mil vidas. — Falar cada uma dessas palavras é como permitir que o ar volte aos meus pulmões depois de muitos dias.
— Fique calma, querida, logo ele vai estar aqui e poderá conversar com ele.
— Por favor, diga que ele não fez besteira, não nego que tive medo do que vi quando ele assassinou aquelas pessoas e não permiti que ele se explicasse, eu jamais o trairia, nem mesmo sabia que existiam pessoas querendo me fazer mal, em momento algum desejei colocar a vida dele em risco.
— Não foi fácil todos esses dias, Taehyung sempre teve uma facilidade enorme de sorrir, mesmo estando destruído, ele sente a rejeição, Jennie. Kalina era algo que ele idealizava como porto seguro e ela não o escolheu, e quando você pediu um tempo ele desmoronou. Taehyung flertou com a morte todo esse tempo, minha querida. — Sua mão alisa meu rosto fazendo-me sentir um afago de mãe.
Logo ela me conta cada detalhe do que viu, pois segundo ela, ele consegue esconder muito bem as coisas quando quer.
— Eu sinto tanto, queria ter sido mais forte. — Suas mãos alisam meus cabelos tentando me acalmar.
— Não sofra, pense em vocês e pense no príncipe que está vindo. — Ela enxuga minhas lágrimas. — Já escolheu um nome? — Sorri fazendo as coisas parecerem mais fáceis do que realmente são.
— Não, desejo que ele escolha, nem ao menos sei se ele nos quer de volta, nem sei se um filho era o que ansiava. Tenho tanto medo, não tenho mais ninguém, Taehyung é tudo que me resta e mesmo tendo uma família com primos que fazem tudo por mim, às vezes me sinto como alguém de fora.
