Taehyung Corte Real é o segundo no comando da máfia Sérvia Triglav, cada um de seus passos foi traçado para que fosse o braço direito que o Chefe precisava, mas em um momento sua vida mudou, debaixo de todas as camadas de sorrisos e tiradas engraçad...
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Abro meus olhos piscando, tentando entender onde estou, sinto uma mão quente segurar a minha e quando vejo é de vó Cerina.
— Onde ele está, vó? — pergunto levando minha mão até a nuca que dói.
— Precisou ser levado, seu passado voltou até você, Jennie, e por mais que eu tenha tentado mantê-la escondida existem coisas que precisam acontecer para que nossas vidas continuem a fluir.
— Do que está falando? — Não consigo entender, minha mente me leva apenas à cena em que Taehyung avançava sobre mim, ele me via, mas não era ele ali.
— Sobre ser uma Arechavaleta — a mulher que o havia contido fala.
Ergo minhas sobrancelhas, não vejo seu semblante altivo mudar, porém está muito diferente da máscara fria que usava momentos atrás, olho em volta e apenas ela está aqui, minha vó aquiesce pedindo que ao menos a escute.
— Sou Jhuana Arechavaleta, mas conhecida como Mamba Negra, sou chefe do Cartel Ojos da muerte, sua mãe era minha irmã, meu pai tinha uma amante, hoje sabemos que seu intuito era criar um filho homem, mas quando sua avó engravidou, ela fugiu, então se iniciou uma caçada por ela que pelo que pode ver nunca teve êxito. Alguns inimigos descobriram sobre uma possível pedra preciosa roubada pelo seu pai, Osmar Contreras, todas as documentações do meu pai, colocava sua mãe como um tesouro, com certeza ele não queria que soubessem sobre um filho ou filha. Meses antes de ser enviada para cá, eles forjaram um acidente de carro onde morreriam e poderiam talvez parar de fugir.
— Está me dizendo que eles estão vivos? — Pulo da cama num sobressalto sendo tomada por algum tipo de esperança.
— Não, infelizmente em algum momento eles relaxaram, e há mais ou menos dois meses foram mortos, e por isso os nossos inimigos chegaram até você.
— Meus pais estavam vivos por todo esse tempo? — Olho para vó Cerina, incrédula, mas não existe surpresa em seu olhar.— A senhora sabia? Sabia que estavam vivos e nunca me disse nada? Por todas as noites que gritei de medo e pavor com as lembranças que me consumiam a senhora não me disse nada!
— Jane, seus pais sacrificaram tudo para que vivesse, tivesse uma vida digna, onde pudesse crescer e ao menos ter uma chance.
— Eles mantinham contato? — Meu corpo inteiro treme, isso não pode estar acontecendo.
— Sempre que podiam, mas eles ficaram mais espaçados nos últimos anos. — Vejo a traição nos olhos da mulher que amo, ela não tinha esse direito.
— Eu odeio você e suas mentiras! — grito com raiva, porque ainda que doesse o afastamento eu ainda preferia a verdade.
— Jane... — Antes que concluísse um tiro atravessa sua cabeça fazendo-a tombar no chão quando um grito explode em minha garganta.
