𝟏𝟖| 𝐈𝐭'𝐬 𝐍𝐨𝐭 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐅𝐚𝐮𝐥𝐭

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Não É Sua Culpa

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Não É Sua Culpa

*ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO POSSUI MUITO GATILHO, ENTÃO SE VOCÊ FOR SENSÍVEL COM CONTEÚDOS DE ALCOOLISMO, OVERDOSE E AUTOMUTILAÇÃO, PULEM IMEDIATAMENTE!*

Lyrah narrando

Já havia feito uma semana desde que minha prima foi à falência, e eu comecei a faculdade.

Eu cheguei a um ponto em que eu não me sentia viva, vivendo. Eu apenas estava existindo.

Talvez pelo fato de que eu só sentia duas coisas.

Umas delas era raiva.

Acabei me envolvendo com umas pessoas que me mostraram coisas demais, e acabei adquirindo um vício.

Bebidas alcoólicas.

Chegava até a encher o frigobar do dormitório, sem ninguém ver.

Quando eu bebia, sentia o álcool fazer efeito e subir até a minha cabeça, eu ficava furiosa.

E segundo as pessoas, ficava agressiva.

Furiosa por não ter conseguido fazer nada a respeito quando Rafe atirou na Peterkin.

Furiosa por não ter conseguido ajudar Sarah, nem John B.

Furiosa por não ter conseguido abraçar Theo naquela noite.

Furiosa por não ter sido suficiente.

E pra me culpar, por ter sido completamente insuficiente para eles, eu.. me cortava.

Então, a segunda coisa que eu sentia era dor.

Quando a lâmina perfurava minha pele, e fazia pequenos cortes, em parte eu podia me perdoar pelo que não fui capaz de fazer, mas em outra eu nunca iria me perdoar.

Eu guardava as lâminas dentro de uma caixinha, em baixo do coxão, para assim, ninguém ver, principalmente a minha colega de quarto.

Tanto aos cortes, eu normalmente escondia com maquiagem, e usava roupas que seriam capazes de tampar eles.

E essas foram as formas que eu achei de me manter viva, porém não vivendo.

—Ei! Ei! —alguém interrompe meus pensamentos.

Direciono meus olhos, que antes estavam fixos em uma parede, para a pessoa que estava na minha frente.

Vejo que é o mentor, que está ajudando alguns alunos a escolherem seus cursos.

Porque obviamente eu não sabia o meu.

Eu.. me desculpa.. —pego minha mochila, e volto para o dormitório, com o coração acelerado.

Tranco a porta para ninguém entrar, e me direciono em frente do espelho.

Meu coração estava acelerado, meus olhos já começaram a lacrimejar, e minhas mãos estavam tremendo.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐎𝐔𝐑 𝐏𝐀𝐒𝐓 |JJ MaybankWhere stories live. Discover now