capítulo 10

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Yolanda

— Tom, não é o que está pensando! — levantando-me do chão, passo o dorso de minha mão em minha face, retirando as gotículas de sangue.


Eu não contive minha fúria, acabei tirando uma vida, e não sei o que vai ser daqui pra frente, ainda mais que Tom presenciou.

— T-tom? — Minha voz era apertada, mostrando que estou nervosa e confusa.

Mas o que está acontecendo? Ele está rindo!

Minha expressão ainda é a mesma, confusão. 

— Fala alguma coisa, Tom! — Altero o tom de minha voz, batendo os pés no chão.

Ele muda sua expressão risonha para uma de preocupação, seu olhar cai em minhas mãos.

— Suas mãos estão cortadas, você está machucada! — Ele se aproxima pegando em minhas mãos, ignorando tudo ao nosso redor.

Observo os movimentos de Tom, ele realmente está ignorando tudo o que aconteceu e focando apenas em meus ferimentos.

Acho que lascas do vaso de flor abriram a palma de minhas mãos, são cortes não tão profundos, mas o suficiente para pingar sangue no carpete marrom.

— Tom, você tem que me escutar! — Peço em súplicas, mas vejo que estou sendo ignorada.

— Vermelho cai bem em você de todas as formas. — Tom vocifera com sua voz rouca e aveludada. — Seja em um vestido vermelho, gotas de sangue e até sangue caindo de suas malditas mãos pequenas.

Tom alisa a parte de meu corpo, que está coberta com o vestido vermelho de cetim, subindo para meu rosto manchado e logo após o sangue que pingava sob meus dedos.

— Para com isso, porra! — Grito ao presenciar Tom lambendo a ponta de meu dedo que descia sangue.

Empurro Tom o mais longe possível e o olho confusa, não entendendo o porquê ele não percebe o que eu fiz.

Suas atitudes são estranhas, nada normais.

— Eu matei a porra de uma pessoa, kaulitz, você entende isso? — Questiono abrindo os braços e virando para o lado contrário, dando lhe as costas.

Sentei no primeiro degrau da escada, mantendo as duas mãos em meu rosto, o escuro me assombra, eu estou só.

— Legal, agora só se livrar do corpo! — Retiro as mãos de meu rosto, prestando atenção.

— Eu estou sozinha agora! — Choramingo com lágrimas instantâneas, escorrendo por todo meu rosto.

Minhas lágrimas se misturam com o sangue presente em minha pele, escorrendo a cada gota derramada.

— Você sempre esteve sozinha! — Ele diz sentando-se ao meu lado, na escada.

— Não! — Grito contra sua face, em alto tom. — Eu tinha o Tony, mas até ele me abandonou!

Ele prometeu estar sempre comigo, prometeu me proteger e disse ficaríamos juntos para sempre.

— limpe o sangue de seu rosto e coloque seus sapatos. — Tom ordena após seu silêncio ensurdecedor.

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