Capítulo 9

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Yolanda

— Apenas caneta, lápis e borrachas. — O professor orientava entregando a folha avulsa de mesa em mesa.

Não sabia que a prova era no primeiro período, ainda bem que estudei.

— Compartilhe as respostas apenas com sua dupla, assim que terminarem. — Ele pausa as falas, passando o dedo na ponta da língua e em seguidas nas folhas. — Quando terminarem me entreguem a prova, assim estão liberados para irem para casa.

Escutamos uma sequência de 'eeh' ele entre olha com seu óculos caídos na ponta de seu nariz.

Uma visão horrível, arrancaria meus olhos fora

— Espero que tenha estudado Sr kaulitz, sua cara entrega sua noite passada. — Kaulitz abre um pouco os olhos, assim pegando nossa folha da prova. — Parece que alguém passou a noite se afundando ao porre.

— Sim, afundei muito minha cara. — Kaulitz ressalta em ênfase. — Ainda bem que minha companheira estudou bastante, junto comigo, é claro! — Ele alega escrevendo a data e o nome em sua prova.

— Amo casais estudiosos. — Ele deixa um riso antes de sair, sem nem mesmo eu explicar que não foi em duplo sentido, que não somos um casal.

Ou será que foi?

Ele ajeita sua postura, suas costas que estavam arqueadas, agora estão eretas.

Eu não sei se minha dupla estudou o suficiente para me ajudar, sua cabeça estava em me tirar de casa e levar para o abismo.

Tom é minha poeira, minha sombra e além do mais aquele que me levou ao ápice.

— Anota seu nome! — Ele passa a folha para o meu lado.

Anoto meu nome ao lado do seu, ele já havia tomado a frente, colocou até a data.

— Sua tia estava acordada a hora que chegou? — Ele murmura apenas para mim escutar.

Estávamos próximos, já que existia apenas uma folha.

— Ela chegou com um cara a hora que eu cheguei. — Soprei levando o ar novamente para dentro de forma rígida.

Não sei porque falei sobre isso para ele, apenas veio em minha mente e foi algo traumatizante.

— Eu vi eles chegando, mas não pude ver o rosto, as árvores de sua casa tampam minha visão a maioria das vezes. — Ele explica assinalando as questões. — Você se deu mal?

Arregalo meus olhos ao ouvir que as árvores tampam sua visão na maioria das vezes.

Isso soa perversão de sua parte.

— Ei, deixa eu fazer as dissertativas, sua letra é horrenda. — Ele já respondeu as de assinalar. — Ela disse que vai conversar comigo hoje. — Respondo, evitando contato visual.

— Toma, eu não queria escrever mesmo! — Tom afasta a folha para o lado.

Era apenas dez questões, três eram dissertativas. Finalizo e entrego para Tom levar até o professor.

Arrumo minhas coisas, já que o professor havia informado que quem terminasse poderia ir para casa.

Sem esperar Tom, saio da sala, jogo minha bolsa no ombro e caminho para a parte externa.

— Ei, espera! — Olho para trás vendo ash e meg.

Paro de caminhar e as espero, assim que elas alcançaram continuo caminhar.

— Desde que aquele garoto chegou que você está estranha! — Ash arqueou uma de suas sobrancelhas, suas mãos estão segurando a alça de sua bolsa.

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